Ébola: Países mais afetados pedem ajuda de 8 mil milhões de dólares 20 de Abril de 2015 Os três países mais afetados pela epidemia de Ébola – Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa – pediram, na sexta-feira, em Washington oito mil milhões de dólares (7,4 mil milhões de euros) para um plano de ajuda internacional. «Não estamos fora de perigo» sublinhou o presidente da Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, numa conferência de imprensa durante as assembleias semestrais do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial em Washington. O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, disse que não se deve «baixar a guarda», apesar de o número de vítimas da doença se ter reduzido consideravelmente nos últimos meses. A epidemia de Ébola causou mais de 10.600 mortos desde o início de 2014, essencialmente nos três referidos países da África Ocidental. «O importante é que os três países se uniram» para alcançar este plano, considerou o presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé. Chamaram-lhe “Plano Marshall”, numa referência ao que os Estados Unidos aplicaram para reconstruir a Europa depois da Segunda Guerra Mundial. De acordo com a “Lusa”, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, anunciou uma conferência internacional de doadores, que se realizará em meados de julho em Nova Iorque, para responder aos pedidos dos três países. O Banco Mundial disse que o montante total da sua ajuda ascende a 1,62 mil milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros) e que vai disponibilizar mais 650 milhões de dólares (603 milhões de euros) nos próximos 12 a 18 meses. O plano de ajuda visa o apoio à reconstrução das economias e impulsionar os esforços de prevenção. Metade dos oito mil milhões destinar-se-ão a financiar projetos à escala regional. «Os nossos sistemas de saúde entraram em colapso, os investidores abandonaram os nossos países, as receitas diminuíram e as despesas subiram enormemente», sublinhou a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, ao apresentar o plano. |