Ébola: Presidente da Libéria anuncia fim do estado de emergência 454

Ébola: Presidente da Libéria anuncia fim do estado de emergência

14 de novembro de 2014

A Presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, anunciou ontem o levantamento do estado de emergência instaurado em agosto para lutar contra a epidemia do Ébola, advertindo, no entanto, que «o combate não terminou», de acordo com a “Lusa”.

«Informei os dirigentes da Assembleia Nacional de que não pedirei um prolongamento do estado de emergência», decretado a 06 de agosto, informou Sirleaf numa declaração divulgada na rádio e televisão, adiantando que o recolher obrigatório funcionará entre a meia-noite e as 06:00.

Com mais de metade dos cerca de 5.100 mortos da epidemia, a Libéria é o país mais afetado, mas a propagação do vírus no país diminuiu significativamente no último mês.

O fim do estado de emergência «não significa que o combate contra o Ébola terminou», acautelou Sirleaf.

A chefe de Estado considerou que se registaram progressos, mas chamou a atenção: «Não podemos baixar a guarda, nem reduzir a nossa vigilância».

Sirleaf precisou que os mercados e as escolas reabrirão progressivamente.

Antes do anúncio da presidente, estava prevista uma reunião do parlamento para discutir um eventual prolongamento do estado de emergência, que tinha sido decretado por três meses.

Além da Libéria, os países mais afetados pelo Ébola são a Serra Leoa e a Guiné-Conacri.

OMS está a formar técnicos da Guiné-Bissau na prevenção da doença

Dois especialistas contratados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) encontram-se na Guiné-Bissau para monitorar os mecanismos de resposta e dar formação a técnicos guineenses em matéria de prevenção contra o vírus Ébola, noticiou a “Lusa”.

Segundo Cristóvão Manjbua, diretor dos serviços de doenças transmissíveis e não transmissível do Ministério de Saúde, os dois especialistas vão percorrer as 11 regiões sanitárias do país para observar o nível de preparação do país para uma resposta em caso do surgimento do vírus.

Nos últimos três dias a equipa esteve na zona leste, nas regiões de Bafatá e Gabú – esta última faz fronteira com a Guiné-Conacri -, e ontem chegou à Bissau para se encontrar na sexta-feira com a ministra da Saúde, Valentina Mendes.

Além de analisar os mecanismos de resposta, os consultores da OMS estão a dar formação aos técnicos de saúde guineense sobre a prevenção do vírus Ébola.

A equipa é acompanhada por técnicos do INASA (Instituto Nacional de Saúde Pública) da Guiné-Bissau e Alexandre Macedo, outro especialista da OMS que se encontra no país desde finais de outubro passado.

Quadro do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, Macedo, brasileiro de nascença, mas com nacionalidade norte-americana, também está a monitorar os esforços das autoridades guineenses na prevenção do vírus.

Nas suas primeiras impressões considerou a Guiné-Bissau «um país de risco» devido à proximidade da Guiné-Conacri onde a doença já matou várias pessoas o que, disse, preocupa os Estados Unidos.

Na sexta-feira o Ministério da Saúde guineense, que tem em funcionamento uma célula contra o vírus Ébola, promove uma conferência de imprensa para o ponto de situação sobre medidas de prevenção da doença.