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Ébola: Saúde em Português disponibiliza 16 profissionais para a Guiné-Bissau

29 de outubro de 2014

A Saúde em Português disponibilizou 16 profissionais para a missão que Portugal poderá enviar à Guiné-Bissau, para combater o Ébola, informou ontem a organização humanitária, indicando que o programa de formação e treino decorrerá em novembro.

O presidente da associação, Hernâni Pombas Caniço, disse à agência “Lusa” que a Saúde em Português «respondeu afirmativamente ao convite» da Direção-Geral da Saúde (DGS) de Portugal e colocou à sua disposição uma equipa constituída por 10 médicos, três enfermeiros e três logísticos.

No entanto, a missão que Portugal está a preparar, «para apoiar na prevenção e combate ao vírus do Ébola» na Guiné-Bissau, só avançará «se for pedida por este país», membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), adiantou.

Confirmando informações da DGS, Hernâni Caniço disse que essa decisão poderá verificar-se após 30 de novembro, data em que o primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, visita Portugal, acompanhado da ministra da Saúde do seu país.

A equipa portuguesa, «caso venha a ser necessária», será instalada no Hospital Militar de Bissau, integrando profissionais indicados pela Saúde em Português, referiu o médico, frisando que a participação «na deteção e controlo da epidemia junto à sua origem» contribuirá «para reduzir o risco» para Portugal.

«Saúde em Português, ao colaborar na prevenção e combate ao vírus Ébola e à epidemia, está consciente da responsabilidade profissional que assume, da confiança que entidades e população depositam na sua qualificação prévia e do risco que representa a realização da missão», segundo Hernâni Caniço.

Fundada há 21 anos, em Coimbra, a organização tem o estatuto de observador consultivo da CPLP e «vai combater o Ébola por razões humanitárias inerentes ao seu perfil de competência técnica em saúde», incluindo «a proteção dos países lusófonos e sua comunidade».

Em agosto, a Saúde em Português já se tinha disponibilizado «para intervenção em território de catástrofe», atingido pela epidemia do Ébola (Guiné-Conacri, Serra Leoa, Libéria e Nigéria), ao governo da Nigéria, aos Médicos Sem Fronteiras, ao Camões – Instituto da Cooperação e da Língua (Portugal) e às Nações Unidas.