Ébola: Transportado para Alemanha membro de ONG infetado com o vírus 03 de outubro de 2014 Um membro de uma organização de ajuda humanitária contagiado com Ébola chegou hoje à Alemanha, procedente de África, num avião-ambulância e sob um apertado protocolo de isolamento, para receber tratamento na clínica universitária de Frankfurt. Depois do avião aterrar, o paciente foi transportado, de imediato, para o centro médico instalado numa viatura especial, sob escolta policial, avançou a “Lusa”. As autoridades locais não revelaram, até ao momento, a nacionalidade do paciente nem o país onde contraiu o vírus. Trata-se do segundo paciente infetado com Ébola a ser transportado para a Alemanha para receber tratamento, após o caso de um outro doente que, em agosto passado, deu entrada num hospital de Hamburgo. A chegada do paciente à Alemanha surge numa altura em que se ultimam os preparativos para a partida para África de um primeiro contingente de mais de uma centena de voluntários do exército, entre militares e civis. Este foi o primeiro grupo selecionado entre os mais de 2.000 que em dois dias responderam à chamada feita pelo Ministério da Defesa, que procurava pessoas disponíveis para partirem para África ajudar nos esforços de combate ao Ébola. EUA isolam familiares de paciente infetado e vigiam uma centena de pessoas As autoridades de Saúde dos EUA isolaram, esta quinta-feira, a família do paciente infetado com Ébola, na sua casa, em Dallas, e alargaram a vigilância médica a cerca de uma centena de pessoas. Apesar de nenhum familiar do paciente liberiano Thomas Eric Duncan apresentar sintomas do vírus, as autoridades norte-americanas colocaram sob quarentena a sua companheira, o seu filho e dois sobrinhos, a qual se irá prolongar até 19 de outubro. Os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos não descartam, porém, a possibilidade de existirem mais casos de Ébola entre as pessoas que mantiveram contacto com o paciente, que chegou da Libéria a 20 de setembro e deu entrada no hospital no passado domingo, dia 28. «Continuamos confiantes de que vamos conseguir conter a propagação do Ébola nos Estados Unidos, apesar de sabermos que podem surgir outros casos. E, se isto acontecer, já temos medidas estabelecidas para lidar com a situação», garantiu o diretor dos CDC, Thomas Frieden, em conferência de imprensa, em Atlanta (Georgia). Especialistas dos CDC foram destacados para o Texas para ajudar na investigação e identificação das pessoas que possam ter estado em contacto com o paciente, estimando que, agora, sejam cerca de 100. Os CDC submetem diariamente a análises aqueles que foram identificados como pessoas em risco de contágio, incluindo várias crianças. A fim de diminuir os riscos, a família de Duncan foi isolada em casa, estando proibida de receber visitas durante os 21 dias – período de incubação da doença – e arriscando ser imputada criminalmente caso não cumpra as medidas impostas. Também esta quinta-feira, foi confirmado na Libéria o quarto caso de um norte-americano com Ébola, com a cadeia “NBC” a anunciar que vai repatriar em voos ‘charter’ a sua equipa de informação na Monróvia depois de um dos operadores de câmara ter sido infetado. «Estamos a tomar todas as medidas para proteger os nossos funcionários e as pessoas em geral. Os restantes trabalhadores da equipa da Monróvia estão sob observação médica e, de momento, não apresentam sintomas. De qualquer modo, por precaução, vamos trazê-los num voo privado e depois ficarão sob quarentena durante 21 dias», explicou a presidente da “NBC News”, Deborah Turness em comunicado citado pela “Efe”. O homem, de 33 anos, apresentou os primeiros sintomas na quarta-feira, tendo sido diagnosticado com Ébola, no dia seguinte, num centro da organização Médicos Sem Fronteiras. Reino Unido promete 160 milhões de euros para ajudar Serra Leoa O Reino Unido comprometeu-se ontem a doar 160 milhões de euros para ajudar a Serra Leoa a lutar contra o Ébola, durante uma conferência internacional em Londres. Segundo a “Lusa”, a promessa foi formalizada na presença de ministros, diplomatas e autoridades sanitárias de duas dezenas de países, mas na ausência do presidente da Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, cujo avião ficou em terra devido a problemas técnicos. «O Reino Unido conduz e coordena a luta na Serra Leoa, mas necessitamos de ajuda internacional», nomeadamente em termos de pessoal médico qualificado, sublinhou o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Philip Hammond. «É claro que estamos mais no início da luta que no seu fim. Esta epidemia constitui uma ameaça significativa que não conhece fronteiras», adiantou Hammond. Os 125 milhões de libras (160 milhões de euros) prometidos por Londres servirão para criar o equivalente a 700 camas de hospital e para financiar novos centros de tratamento contra o vírus da febre hemorrágica Ébola. |