Ébola: UE reúne ministros e especialistas na segunda-feira em Bruxelas 11 de setembro de 2014 A Comissão Europeia organiza na segunda-feira uma reunião com vários ministros e especialistas para coordenar a ajuda que a União Europeia (UE) pode dar aos países africanos afetados pela epidemia do Ébola, informou um porta-voz. O encontro é coorganizado pelos comissários europeus da Ajuda Humanitária, Kristalina Georgieva, do Desenvolvimento, Andris Piebalgs, e da Saúde, Tonio Borg. «Trata-se de coordenar a ajuda no terreno e, em termos mais vastos, a resposta que a UE pode dar» à epidemia, precisou uma fonte europeia, citada pela “Lusa”. A Comissão anunciou na sexta-feira ter desbloqueado 140 milhões de euros para ajuda aos países afetados pelo vírus do Ébola na África Ocidental: Guiné-Conacri, Serra Leoa, Libéria e Nigéria. A maior parte, 97,5 milhões de euros, destinam-se ao reforço da oferta de serviços públicos, nomeadamente de saúde, naqueles países, enquanto 38 milhões são para «apoio direto aos sistemas de cuidados de saúde» e os restantes cinco milhões permitirão fornecer laboratórios móveis para um melhor deteção e formar pessoal de saúde. A epidemia, a mais grave desde a identificação desta febre hemorrágica em 1976, já causou 2.296 mortos, 1.224 dos quais na Libéria, até 06 de setembro, segundo o último balanço da Organização Mundial de Saúde. Serra Leoa prevê vir a descobrir numerosas novas vítimas A Serra Leoa disse ontem que calcula vir a descobrir até 20 por cento mais vítimas do Ébola quando impuser o recolher obrigatório em todo o país, para encontrar doentes que têm de ir para o hospital. O governo anunciou que a população de seis milhões deve ficar em casa, exceto em situações excecionais, durante 72 horas a partir de 19 de setembro. Mais de 20.000 voluntários irão porta-a-porta procurar pessoas com Ébola e retirar corpos, encaminhando os doentes para os cuidados médicos. O centro governamental de operações de emergência para o Ébola disse que 10 áreas da capital Freetown foram assinaladas como “pontos quentes”. «Vão ser instalados centros de isolamento, como escolas equipadas com camas, dado que calculamos uma subida de cinco a 20% no número de casos durante esta operação para interromper a cadeia de transmissão», explicou Steven Ngaoja, que dirige o centro, numa conferência de imprensa. |