O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) recomenda um isolamento de seis dias para pessoas vacinadas contra a covid-19, de 10 para os não totalmente vacinados, e 20 dias para doentes graves.
Estas indicações constam de um relatório que a ECDC divulgou na passada sexta-feira, dia 28 de janeiro.
Segundo a agência europeia, estas recomendações têm como intuito “impedir a transmissão de casos para indivíduos completamente e não completamente vacinados, a serem consideradas quando as autoridades de saúde pública têm capacidade de teste suficiente e quando uma proporção substancial da população permanece suscetível à possibilidade de doença grave”.
O ECDC sugere ainda que “para casos assintomáticos, leves ou moderados de covid-19 em indivíduos não completamente vacinados, o autoisolamento deve ser seguido até dois testes antigénio ou PCR negativos com pelo menos 24 horas de intervalo, dependendo da disponibilidade e capacidade de teste, ou até completar 10 dias a partir da data em que a amostra foi colhida ou da data do início dos sintomas”.
No caso destes não totalmente vacinados, “o isolamento deve continuar se o teste permanecer positivo”, acrescenta.
Já “para casos assintomáticos, ligeiros ou moderados de covid-19 em indivíduos totalmente vacinados, pode ser considerada a possibilidade de reduzir o período de isolamento para seis dias após o início dos sintomas, se os sintomas tiverem melhorado e com um teste negativo no sexto dia”.
Relativamente a casos de covid-19 graves, que resultam em internamentos, o ECDC indica que “as provas disponíveis indicam que a disseminação do vírus infecioso SARS-CoV-2, independentemente da variante, pode persistir até 20 dias”.
O relatório indica ainda que os países europeus “que enfrentam uma pressão crescente sobre o seu sistema de saúde ou outros setores devido a aumentos significativos da incidência da covid-19 podem considerar a redução do período de isolamento, com ou sem necessidade de um teste negativo para pôr fim ao isolamento”.
Tendo em conta a variante Ómicron, o ECDC sugere que “países/regiões onde essa variante é dominante, o período que determina a vacinação completa após uma série primária de duas doses ou uma dose de reforço pode ser reduzido para três meses”.
O ECDC conclui que, a curto prazo, “é provável que os riscos de transmissão sejam menores e que a necessidade de períodos de isolamento mais longos seja menor”.