Organizada pelo laboratório EDOL, a primeira edição de “Cuidaidoso – Workshop prático para cuidadores informais” conta com a orientação de Carmen Garcia. Referência na área da geriatria, Carmen Garcia é enfermeira, influenciadora (pode acompanhá-la em “A Mãe Imperfeita”) e autora do livro “A última solidão”.
Composto por duas sessões com duração de cerca de duas horas, o workshop tem lugar no próximo dia 25 de março, nas instalações do EDOL.
Neste workshop, Carmen Garcia vai partilhar a sua experiência pessoal e transmitir conhecimentos que contribuam para o desenvolvimento de competências e técnicas que tornem o dia-a-dia do cuidador mais eficiente. Vai ensinar a lidar com desafios relacionados com áreas como a demência ou a incapacidade motora, condicionantes de atividades quotidianas como a alimentação, a higienização, o vestir, o posicionamento e a prevenção de lesões. Com a inscrição nas sessões presenciais, ambas gratuitas, tem direito a um guia prático da autoria da Enfermeira Carmen Garcia.
“Portugal não é um país para velhos, mas é, cada vez mais, um país de velhos. Segundo os censos de 2021, 23.4% da população residente no país tem mais de 65 anos. Actualmente, por cada 100 jovens, temos cerca de 182 idosos e, ao que tudo indica, a tendência será de agravamento nos próximos anos. Ainda assim, a verdade é que os cuidados aos mais velhos raramente são encarados como prioridade e, se existem cursos que preparam as pessoas, por exemplo, para a parentalidade, é difícil encontrar formações que se dediquem exclusivamente aos cuidados deste grupo frágil e muitas vezes dependente”, explica Carmen Garcia.
“Temos, no EDOL, um longo histórico de iniciativas de promoção de literacia em saúde e de apoio à população. Com o lançamento de Cuidaidoso pretendemos dar continuidade a este trabalho”, acrescenta Sara Madureira, do EDOL. “Com estas sessões pretendemos, sobretudo, contribuir e capacitar os cuidadores informais, para que o seu dia-a-dia seja mais eficaz. Acima de tudo, queremos minimizar a sobrecarga a que estão sujeitos. Tudo o que pudermos fazer para a tornar mais leve será um ganho para o cuidador enquanto pessoa, para o EDOL enquanto entidade e para a Sociedade em geral”, conclui.