A Federação Europeia de Associações e Indústrias Farmacêuticas (EFPIA na sigla original) emitiu um comunicado, no seu portal, com uma Declaração Conjunta da Indústria sobre a Guerra na Ucrânia, onde se disponibilizam a agilizar o processo no fornecimentos de vacinas, tratamentos e medicamentos.
“Estamos unidos na nossa missão de fornecer tratamentos e vacinas a todos os afetados pela guerra, onde quer que estejam. A passagem segura de produtos médicos continua sendo uma prioridade”, começa por indicar a EFPIA.
De acordo com o comunicado, “a indústria está a trabalhar de várias maneiras para apoiar as pessoas afetadas pela crise humanitária que se desenrola. Isso inclui fornecer medicamentos essenciais gratuitos e dar apoio financeiro a ONG´s no local”.
Para além disso, estão a monitorizar “as interrupções na cadeia de suprimentos e a desenvolver a capacidade de fornecimento onde for necessário, além de trabalhar com a comunidade de saúde em geral para resolver os problemas à medida que surgem”.
Nesse sentido, as Empresas e Associações Membros da EFPIA estão a oferecer apoio humanitário tanto na Ucrânia como nos Estados-Membros vizinhos, que estão a receber os refugiados deste conflito, que se traduz, até à data, “mais de 5 milhões de doses de medicamentos essenciais e mais de 55 milhões de euros em apoio financeiro a ONG´s”.
Para além disso, a EFPIA deixa a promessa que as empresas membros devem “aumentar drasticamente a disponibilidade de medicamentos inovadores nos países da UE e diminuir em vários meses o tempo que os pacientes devem esperar por novos medicamentos”.
“A partir de hoje, as empresas membros da EFPIA comprometem-se a solicitar preços e reembolsos em todos os países da UE o mais rápido possível e o mais tardar 2 anos a partir da autorização de mercado central da UE, desde que os sistemas locais o permitam. O compromisso foi concebido para ajudar a proporcionar um acesso mais rápido e equitativo aos medicamentos para os doentes em toda a Europa”, indica a nota, no seu portal.
Esta decisão surge após a EFPIA ter publicado, na semana passada, dados que mostram as disparidades no tempo que os pacientes levam para aceder a novos medicamentos em diferentes Estados-Membros da UE.
“Os pacientes na Alemanha esperam cerca de 133 dias para ter acesso a novos medicamentos, em comparação com os pacientes na Romênia que esperam 899 dias. Também ocorreram disparidades significativas em termos de disponibilidade de medicamentos inovadores, uma vez que menos de 30% dos produtos aprovados centralmente estão disponíveis nos Estados-Membros e do Leste Europeu, em comparação com 92% na Alemanha e 46%”, explica a EFPIA.
Para ajudar neste processo, a Federação Europeia de Associações e Indústrias Farmacêuticas vai lançar um portal onde “os titulares de autorizações de introdução no mercado podem fornecer informações oportunas sobre o momento e o processamento de pedidos de preços e reembolsos nos países da UE-27”, e assim “trazer maior transparência às barreiras e atrasos no acesso”.
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