Eleições Europeias: APJF e APEF alertam para o envelhecimento da Europa 206

ELEIÇÕES EUROPEIAS: QUE IMPACTO NA SAÚDE? 

Entre 6 e 9 de junho, cerca de 450 milhões de pessoas dos 27 Estados-Membros da União Europeia (UE) vão eleger 720 deputados para o Parlamento Europeu (PE). 

O NETFARMA decidiu pedir opinião a várias instituições do universo da Saúde, nomeadamente do setor farmacêutico, sobre os atuais desafios que a UE enfrenta nesta área e quais as medidas que achariam importante serem implementadas no curto e médio prazo, após o novo PE tomar posse. 

Esta sexta-feira será o último dia em que mostramos as diversas posições. 

APJF: “Integração de novas tecnologias, como a inteligência artificial e a medicina personalizada.”

A Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos frisa que a União Europeia (UE) enfrenta uma série de desafios complexos e transversais no setor da saúde. Contudo, com a eleição do novo Parlamento Europeu, surge a possibilidade de implementar políticas que possam transformar esses desafios em oportunidades para melhorar a saúde e o bem-estar dos cidadãos europeus. 

A APJF sublinha a importância no investimento em inovação no sistema da saúde. A UE deverá beneficiar com os avanços tecnológicos para “melhorar os cuidados de saúde”, garantindo a “integração de novas tecnologias, como a inteligência artificial e a medicina personalizada”, defende a associação. 

A APJF relembra que, em tempos, a Europa já competiu com outras regiões do mundo no que diz respeito a ensaios clínicos e que é o momento de voltar a ser um “destino atrativo”. A revisão da legislação farmacêutica deverá ser um dos assuntos com prioridade, como no anterior mandato. Ainda que a proposta deva ser melhorada, “promovendo a implementação de políticas que garantam o acesso equitativo a medicamentos em toda a UE”.  

A associação reforça a necessidade de centrar a atenção nos profissionais de saúde, para que estes entreguem o melhor de si, nos setores publico e provado, aos cidadãos europeus.  

A estrutura dos jovens farmacêuticos advoga diversas medidas para a saúde pública e bem-estar das populações, entre as quais considera que a modernização de infraestruturas de saúde é “crucial” para enfrentar os desafios. Do mesmo modo, alerta para a preparação e total estado de alerta para eventuais ameaças à saúde pública, como é caso das pandemias.  

Defende ainda que medidas políticas integradas entre o setor social e da saúde podem melhorar a coordenação dos cuidados e assegurar um “suporte holístico” aos indivíduos. 

A Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos acredita que os jovens devem ser incentivados a “participar ativamente na busca de soluções para os desafios da saúde”, desafiando a aliança entre “plataformas de diálogo” e “programas de educação cívica”, fazendo com os jovens sejam verdadeiros “agentes de mudança”. 

APEF: Investimento no setor da saúde mental 

A Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia destaca três desafios que a União Europeia enfrenta:  a escassez de medicamentos, derivada de uma “dependência da UE de países terceiros” para a importação de medicamentos e substâncias ativas; o envelhecimento da população que se traduz num “fardo” de doenças e ameaças para a saúde; e a sustentabilidade ambiental na produção de medicamentos.  

Tendo em conta a escassez de medicamentos na Europa, a associação aponta que é necessária uma “diversificação das cadeias de produção e de abastecimento de medicamentos”, exortando a União Europeia a criar condições para que a Indústria Farmacêutica europeia se torne competitiva.  

O envelhecimento da população implica investir em investigação e desenvolvimento (I&D) em tecnologias de saúde, com medicamentos e dispositivos médicos que permitam acrescentar qualidade aos anos de vida. A associação defende ainda uma aposta no Plano Europeu de Luta contra o Cancro, em particular na “deteção precoce do cancro”, com uma estratégia de rastreios realizados pelos Estados-Membros. 

Considera fundamental o investimento na Estratégia Europeia de Prestação de Cuidados, com o objetivo de garantir serviços e prestação de cuidados acessíveis, o que melhoraria a situação dos doentes e dos prestadores, assim como o reforço do investimento na área da Saúde Mental, com uma abordagem “transdisciplinar e um acompanhamento integrado do utente”. 

A Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia mostra-se satisfeita com o Ensino Farmacêutico, uma vez que os conhecimentos e competências se encontram em constante atualização, cabendo a cada Estado-Membro o acompanhamento e reformulação dos Planos Curriculares para o Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas.  

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