Eleições OF: Nuno Duro defende “maior representatividade nos Conselhos Municipais de Saúde” 72

A lista J, liderada por Nuno Duro, é uma das listas, juntamente com a L, encabeçada por Lúcia Santos, que disputa a Secção Regional do Centro da Ordem dos Farmacêuticos (SRC-OF).

Segundo Nuno Duro, o programa eleitoral “reflete a ambição de transformar desafios em oportunidades, assegurando que os farmacêuticos são parte integrante do progresso da saúde. Através da inovação, da inclusão e da sustentabilidade, vamos juntos reforçar a relevância e o impacto da nossa profissão”.

Sob o desígnio ‘Inspirar a mudança’, a lista apresenta o seguinte programa eleitoral:

 

Representação Profissional

a.  “Maior representatividade nos Conselhos Municipais de Saúde:

Promover a representação da OF no Conselho Municipal de Saúde nos diversos distritos abrangidos pela Secção Regional do Centro (SRC), destacando um representante por distrito.

b.  Defesa Ativa da Profissão

Reforçar a voz dos farmacêuticos junto das entidades governamentais, destacando o papel central da profissão no Sistema Nacional de Saúde:

1. Promover a integração do farmacêutico em: estruturas residenciais para pessoas idosas, serviços prisionais, rede de cuidados continuados, entre outros.
2. Promover reuniões regulares com os organismos de saúde locais (Unidades Locais de Saúde da Região Centro, Hospitais e Autoridades Municipais) para defender os interesses dos farmacêuticos.
3. Valorizar as diferentes áreas de atuação farmacêutica, dando visibilidade ao trabalho desenvolvido em farmácias comunitárias e hospitalares, nas análises clínicas, na investigação, na indústria e distribuição farmacêutica.
4. Visitar regularmente todas as estruturas onde os farmacêuticos desempenham as diferentes atividades, de forma a garantir um contacto direto com os colegas para ouvir preocupações, sugestões e apresentar soluções.
5. Criar grupos de interesse para discussão de temas relevantes à profissão: promovendo o envolvimento de profissionais, membros da academia, estudantes e outras instituições na construção de propostas que alavanquem o avanço e a inovação da profissão.
6. Defender a integração da residência farmacêutica na carreira farmacêutica.”

 

Canal de Comunicação Direta

“Criar um espaço de escuta ativa para os farmacêuticos da região, promovendo debates, recolhendo propostas e resolvendo dúvidas ou questões relacionadas com o exercício profissional.

a.  Promoção de Novos Serviços Farmacêuticos:

Alargar os serviços prestados pelos farmacêuticos em áreas como a intervenção em situações clínicas ligeiras, a administração de terapêuticas complexas, referenciação de utentes, monitorização de patologias crónicas e reporte, meios auxiliares de diagnóstico, dispensa em proximidade, entre outros.

b. Reconhecimento Internacional:

Auxiliar processos de validação de competências para farmacêuticos que pretendem trabalhar fora de Portugal, promovendo também a captação, reconhecimento e integração de profissio- nais estrangeiros.

 

Sustentabilidade Ambiental e Saúde Pública

a.  “Promoção de Boas Práticas Ambientais:

1. Implementar campanhas para a recolha e reciclagem de medicamentos, dispositivos médicos e resíduos contaminados.
2. Incentivar as várias instituições e parceiros a adotarem práticas mais sustentáveis, como a redução de plásticos, o uso de energias renováveis, a reciclagem, a adesão à faturação eletrónica fornecedores/clientes, a gestão de resíduos (medicamentos, embalagens e outros).
3. Avaliar o impacto ambiental dos procedimentos da própria Ordem, melhorar a pegada ambiental da SRC.

b.  Educação Ambiental dos Profissionais de Saúde:

Disponibilizar formações sobre o impacto ambiental dos medicamentos e a importância de uma prescrição sustentável.

c.  Programas de Educação Comunitária:

Implementar campanhas de sensibilização sobre temas como a automedicação responsável, vacinas, gestão de doenças crónicas, resistência a antibióticos e gestão de resíduos de medicamentos.”

d.  Farmacêuticos na Primeira Linha:

Promover a integração dos farmacêuticos em equipas multidisciplinares nos centros de saúde, hospitais e unidades de cuidados continuados, com foco na prevenção e acompanhamento de doenças crónicas.

e.  Cooperação entre profissionais de saúde:

Desenvolver ações com equipas multidisciplinares em conjunto com as restantes ordens profissionais da área da saúde.”

 

Inclusão e Valorização de Todas as Vertentes da Profissão

a.  Integração de Jovens Farmacêuticos:

1. Aproximação da SCR às estruturas associativas jovens: estabelecer colaborações regulares com a APJF e estruturas representativas de estudantes como o NEF/AAC e o UBIPharma.
2. Promover apoios aos estágios e regular a sua qualidade em todas as áreas da profissão.
3. Facilidade de acesso a formação (desconto nas formações, acordos com outras instituições ou associações promotoras de formação).
4. Promoção de Programas de Mentoria e Colaboração Intergeracional: Cooperar e promover programas que conectem farmacêuticos experientes a recém-mestres para orientação
5. Implementação do Manual de Acolhimento Digital para o jovem farmacêutico: documento com informação geral sobre as várias vertentes da profissão, funções da ordem e recursos úteis. Criar momento de acolhimento e boas-vindas aos novos farmacêuticos.
6. Dinamização de iniciativas de divulgação das funções da ordem, do papel do farmacêutico e da condição do membro estudante.

b.  Reconhecimento das Especializações:

Lutar pelo reconhecimento mais abrangente e pela valorização económica e institucional das especializações farmacêuticas.

c. Apoio a Farmacêuticos em Áreas Menos Representadas e Foco em Áreas Emergentes:

Incentivar o desenvolvimento da carreira de farmacêuticos em áreas como a investigação, distribuição farmacêutica, marketing, consultoria, entre outras.”

 

Desenvolvimento Profissional Contínuo

a.  “Capacitação Digital e Científica:

1. Organizar workshops sobre temas e tecnologias emergentes e desenvolver cursos de atualização em Inteligência Artificial, regulamentação farmacêutica, e comunicação digital em saúde.
2. Implementação de inquérito anual para levantamento de necessidades de formação, bem como de um sistema de avaliação das formações.
3. Levantamento de lista de outros prestadores de formação relevante para os diferentes setores e de formações creditadas pela OF.

b.  Conferências Regionais de Inovação Farmacêutica:

Criar um evento anual que reúna farmacêuticos, empresas tecnológicas, e investigadores para discutir tendências e soluções inovadoras.

c.  Academia de Formação da SRC:

1. Reformular a plataforma existente de maneira a organizar as formações por área, nível de especificidade e formação direcionada a funções Dar ainda um foco especial a temas emergentes no mundo farmacêutico.
2. Promover a acessibilidade à formação disponibilizada pelas outras Secções Regionais por forma a diversificar o leque de formação oferecido e gerir esforços e custos de forma mais sustentável.
3. Promover formação direcionada para cada função específica, como por exemplo: formação direcionada para a Direção Técnica de Farmácia Comunitária ou Indústria Farmacêutica.
4. Fomentar o desenvolvimento de Soft Skills como gestão de tempo, comunicação com o público, gestão de tempo, comunicação com o público, gestão emocional.

d.  Certificação de Competências Específicas:

Desenvolver, juntamente com a Direção Nacional, programas de certificação em áreas-chave como pediatria, gestão de farmácias comunitárias, gestão de instituições de saúde, entre outras.

e.  Parcerias com Universidades:

Estabelecer colaborações com instituições de ensino superior para fomentar estágios, projetos de investigação e formações especializadas.

f.  Banco de guidelines e publicações relevantes:

Facilitar o acesso à investigação relevante para os vários setores, bem como as guidelines terapêuticas mais atualizadas e as terapêuticas inovadoras recentemente aprovadas.

g. Cooperação com os Colégios da Especialidade”

 

Reforço do Papel do Farmacêutico na Comunidade

a.  “Valorização Social do Farmacêutico:

Apoiar e promover o lançamento de campanhas públicas que destaquem o impacto dos farmacêuticos na saúde e bem-estar da população.

b.  Ampliação de Serviços Clínicos nas Farmácias:

Promover a implementação de novos serviços, como rastreio de patologias, gestão de terapêutica e da doença crónica.

c.  Promoção da educação para a Saúde:

1. Estabelecer programas comunitários de literacia em saúde, com foco em prevenção e gestão de doenças crónicas.
2. Campanhas públicas de literacia em saúde nas redes sociais de modo a melhorar a visibilidade da ação em promoção da saúde por parte da ordem e dos farmacêuticos.

d.  Formação para Profissionais e Cuidadores:

Desenvolver parcerias com associações, de forma a oferecer formação específica sobre gestão de medicamentos, identificação de reações adversas e interações.

1. Plataforma digital de literacia na área da saúde: Criar uma plataforma online com recursos educativos desenvolvidos em colaboração com associações de saúde (Sociedade Portuguesa de Literacia em Saúde), acessíveis a doentes e cuidadores.

e.  “Conversas de Boticário”:

Realizar Podcast para discussão de temas de saúde, envolvendo a comunidade (instituições de ensino superior, ULS, associações de doentes, etc., com oradores convidados).

f.  Farmácia como Centro de Referenciação:

Tornar as farmácias pontos de contacto para encaminhamento de doentes para associações de apoio, promovendo uma rede integrada de cuidados. Reforço ao registo de intervenções e reporte de reações adversas.

g.  Encontros Regionais de Farmacêuticos:

Promover eventos regulares para partilha de experiências, networking e apresentação de inovações.”

 

Inovação e Tecnologia: Preparar os Farmacêuticos para o Futuro

a.  “Inteligência Artificial (IA) e Big Data na Farmácia:

Promover a formação em IA para farmacêuticos, capacitando-os para interpretar dados de saúde e melhorar a tomada de decisões clínicas.

b.  Farmácia Digital e Saúde Conectada:

1. Fomentar a colaboração multidisciplinar.
2. Promover a integração tecnológica, como plataformas colaborativas para casos complexos e monitorização digital da adesão terapêutica.
3. Integração de Dados em Redes de Saúde: Usar IA para facilitar a partilha de informação entre farmacêuticos, médicos e outros profissionais de saúde, promovendo uma abordagem mais integrada aos cuidados.

c.  Hackathons Farmacêuticos:

Promover eventos colaborativos para encontrar soluções digitais para os desafios da profissão.”

 

Saúde Mental dos Farmacêuticos

a.  “Criação de um Programa de Apoio Psicológico

1. Linha de Apoio Psicológico 24/7: Disponibilizar uma linha confidencial e gratuita de apoio psicológico específica para farmacêuticos, com psicólogos especializados em gestão de stress ocupacional.
2. Sessões de Terapia e Coaching: Parcerias com clínicas para oferecer sessões de terapia ou coaching com preços reduzidos, cobrindo temas como gestão de ansiedade e burnout.

b.  Educação em Saúde Mental e Prevenção do Burnout no Local de Trabalho

1. Workshops sobre resiliência e combate ao burnout: avaliação de riscos psicossociais, criar ferramentas para avaliar os níveis de stress e burnout nos vários locais de trabalho da região, com intervenções personalizadas.
2. Gestão de Recursos Humanos: Estabelecer um manual de boas práticas para emprega- dores, incentivando ambientes de trabalho saudáveis e redução da sobrecarga emocional.
3. Formação em Saúde Mental: Capacitar os farmacêuticos para identificar sinais de stress e burnout e fomentar uma cultura de apoio mútuo.

1. Papel do Farmacêutico na Saúde Mental Pública: Valorizar o farmacêutico como ponto de apoio para a saúde mental da comunidade, promovendo formações específicas sobre psicofármacos e abordagem a pacientes com doenças mentais.”

 

Estratégias de Comunicação e promoção da SRC:

a.  “Comunicação da SRC:

Modernizar as redes sociais da SRC, apostando numa abordagem mais dinâmica, visualmente apelativa e interativa. Aproveitar as redes sociais para criar um espaço de diálogo, promover iniciativas, partilhar boas práticas, destacando o impacto da profissão na sociedade.

b.  Campanhas Digitais de Impacto:

Reforçar a presença da SRC nas redes sociais com conteúdos que demonstrem o valor do trabalho desenvolvido.

c.  Testemunhos:

Dar voz a farmacêuticos que estão a transformar a saúde na região, mostrando o impacto prático das propostas.

d.  Eventos de Proximidade:

Participar ativamente em eventos regionais e criar oportunidades de diálogo com a comunidade farmacêutica e a sociedade em geral.

e.  A sede da SRC

1. Tornar as instalações da SRC num ponto de convergência para os seus membros. Realizar atividades regulares que promovam o convívio e o debate profissional, como eventos sociais e formativos. Divulgação destas iniciativas de forma antecipada, permitindo uma maior adesão e participação.
2. Instituir o horário de acolhimento ao novo farmacêutico.

f.  Transparência na Secção Regional do Centro:

Aumentar a visibilidade das ações da SRC e a transparência de todas as ações e iniciativas desenvolvidas. Melhor comunicação da alocação das verbas através da elaboração de uma curta demonstração gráfica de alocação dos recursos investidos pela SRC-OF.

g.  Cooperação entre as diferentes Secções Regionais da Ordem dos Farmacêuticos:

Promover otimização de fornecimentos e serviços externos, ações conjuntas de âmbito nacional e formação.”

 

A lista

As eleições

As eleições para os órgãos nacionais e regionais da Ordem dos Farmacêuticos vão decorrer entre os dias 1 e 8 de fevereiro de 2025.

O sufrágio vai decorrer exclusivamente com recurso ao voto eletrónico, através de uma plataforma específica que garante a autenticidade e o caráter secreto do voto de cada eleitor, bem como a auditabilidade de todo o processo eleitoral.