A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) indicou que as vacinas da Pfizer e da Moderna poderão estar associadas a ocorrências raras de inflamações no coração.
Esta informação foi avançada após o Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) da EMA ter analisado 321 casos de pessoas já vacinadas contra o SARS-CoV-2.
Ao todo foram analisados 145 casos de miocardite e 138 casos de pericardite, após serem inoculados com a vacina da Pfizer, tendo apenas analisado 19 casos de cada inflamação, dos vacinados com a Moderna.
A miocardite e pericardite são doenças inflamatórias do coração, apresentando sintomas como a falta de ar, palpitações e dores no peito.
Após esta análise, o PRAC aconselhou atualizar as informações das vacinas, no sentido de incluir o efeito colaterais e aumentar a consciencialização entre as equipas de saúde e os utentes.
O PRAC sugeriu recomendar também a atualização da restrição da comercialização da vacina da Johnson & Johnson para as pessoas com histórico de síndrome de derrame capilar, doença de Clarkson, pois esta provoca inchaço, pressão arterial baixa, espessamento do sangue e níveis baixos de albumina no sangue.
O PRAC acrescentou que as informações do produto usado na AstraZeneca incluem um aviso para consciencializar sobre os casos de síndrome de Guillain-Barré (SBG), que provoca inflamação nos nervos e pode resultar em dor, dormência, fraqueza muscular e dificuldade em andar.