Ema Paulino: Disponibilização de serviços farmacêuticos é «desigual» 30 de Outubro de 2015 «A disponibilização de serviços farmacêuticos tem registado múltiplos avanços, mas são avanços desiguais», disse a presidente da Direção da Secção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos, Ema Paulino, hoje, durante o Congresso Nacional dos Farmacêuticos. A farmacêutica reforçou que há países, nomeadamente em África e na Ásia, onde os serviços centrados nos cidadãos presentes nas farmácias ainda são pouco expressivos e recebem pouco apoio das autoridades. No entanto, exemplificou Ema Paulino, há casos de sucesso: em alguns países africanos, o telemóvel é um aliado do farmacêutico – os utentes podem receber sms’s que relembram as tomas de medicação diária para a tuberculose, por exemplo, ou simplesmente fornecem outros conselhos de saúde. Na Índia, um país com elevada taxa de incidência de tuberculose e de VIH, «a adesão à terapêutica é particularmente importante», lembrou Ema Paulino, como tal têm sido implementadas algumas iniciativas, nomeadamente a observação direta da toma de medicamentos na própria farmácia. A presidente da Direção da Seção Regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos frisou que as atividades protagonizadas pelo farmacêutico, desde a indicação farmacêutica de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM), rastreios, promoção da adesão à terapêutica ou revisão de medicação traduzem-se em ganhos para o utente mas também para os governos, ao minimizarem as idas aos hospitais. Em Portugal, lembrou Ema Paulino, estes serviços estão amplamente implementados, no entanto transformá-los em objeto de análise pode «inspirar-nos para batalhas futuras», concluiu a farmacêutica. O Congresso Nacional dos Farmacêuticos decorre até ao dia 31 de outubro. O Portal Netfarma e a revista Farmácia Distribuição são media partners deste evento. |