Ema Paulino: Testes vão continuar gratuitos em janeiro 1126

O Governo vai prorrogar o regime excecional e temporário que permite a comparticipação de testes de despiste da covid-19 nas farmácias e laboratórios.

O anúncio foi feito por Ema Paulino, presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF).

“Já temos esta indicação para janeiro”, altura em que a portaria do Ministério da Saúde voltará a prever quatro testes rápidos de antigénio (TRAg) por mês gratuitos por pessoa, adiantou Ema Paulino, à agência Lusa.

Até 31 de dezembro, tal como anunciou o primeiro-ministro António Costa, o número de testes gratuitos à covid-19 feitos em farmácias e em laboratórios é de seis por pessoa, no âmbito do regime excecional e temporário que prevê a sua comparticipação.

Segundo Ema Paulino, “a questão dos seis testes é só para dezembro e vamos voltar ao limite dos quatro testes” em 2022.

Esta medida de aumento do número de testes é “justificada tendo em conta a época natalícia”, altura em que, por exemplo, se realizam “mais visitas a pessoas institucionalizadas” em lares, com a obrigatoriedade de um teste negativo.

De acordo com a responsável da ANF, as farmácias com sistemas de agendamento “estão praticamente cheias” nesta altura para a realização de testes gratuitos, mas existem farmácias que operam em regime de “casa aberta”, onde ainda é possível fazer testes.

Há também farmácias que estão a alargar os horários para poderem dar resposta à crescente procura nos próximos dias.

De acordo com a ANF, cerca de 1.250 farmácias estão a fazer TRAg de uso profissional gratuitos, 1.071 das quais no âmbito da comparticipação do Serviço Nacional de Saúde e as restantes ao abrigo de protocolos com diversas autarquias.

Para além disso, são 633 os laboratórios de análises clínicas que também aderiram a este regime temporário e excecional de comparticipação de testes.

Relativamente aos autotestes, Ema Paulino adiantou que é possível adquiri-los nas farmácias, contudo pode haver ruturas de stock momentâneas que aguardam reposição, devido à maior procura que se verifica.