Emídio Sousa: Portugal em «lote muito restrito de países» para receber EMA 616

Emídio Sousa: Portugal em «lote muito restrito de países» para receber EMA

 


18 de outubro de 2017

O presidente do Conselho Metropolitano do Porto (CMP), Emídio Sousa, revelou ontem que Portugal «está num lote muito restrito de países que reúnem condições para receber» a sede da Agência Europeia do Medicamento.

O também presidente de Câmara de Santa Maria da Feira, que anunciou ontem a cedência da presidência da CMP a um autarca do PS, afirmou, em conferência de imprensa, que na passada semana esteve em Bruxelas a fazer “lobby” no Parlamento Europeu, «com personalidades importantes do Partido Popular Europeu».

«Foi importante porque, neste momento, estão a organizar-se sindicatos de voto porque vai haver uma primeira ronda e depois um conjunto mais pequeno de países passará para uma segunda ronda», disse.

Emídio Sousa explicou que «cada país dá três votos à primeira opção, e dois à segunda opção, o que significa que todos os países com candidatura» vão dar mais votos ao seu próprio candidato.

«Portanto, o importante é captar os dois votos que dão acesso à próxima ronda. Os votos espanhóis estão seguros, tal como os da Suécia, e mais dois ou três países que não se pode revelar. A candidatura portuguesa fez um trabalho de diplomacia que indica que vamos passar à segunda ronda», assegurou, acrescentando que na fase seguinte importa captar os votos dos que não passam.

O autarca realçou ainda as possibilidades de investimento que uma «das agências mais cobiçadas na Europa» pode gerar, não só na região Norte e na Área Metropolitana do Porto, mas também no concelho de Santa Maria da Feira, no qual já lhe foram garantidos «investimentos significativos», avançou a “Lusa”.

«Falamos de 900 trabalhos altamente qualificados de meio académico, científico, cultural, hotelaria, restauração, transportes. Mexe com tudo isto. Não é por acaso que estou empenhadíssimo nesta candidatura», explanou.

Finalizou, garantindo que já fez «contactos ao mais alto nível», em Bruxelas, para atrair para Santa Maria da Feira «empresas de investigação e farmácia muito importantes».