Empresas de dispositivos terão cobrado cirurgias e lesado ADSE e subsistema dos militares 25-Fev-2014 A cobrança ilegal de cirurgias por empresas de dispositivos médicos é uma das alegadas fraudes investigadas pela Polícia Judiciária Militar (PJM) que terão lesado os subsistemas dos militares e dos funcionários públicos, segundo fonte ligada ao processo. A PJM informou hoje que realizou buscas e apreensões de documentos em instalações hospitalares, residências de médicos e empresas por suspeitas de crimes contra o Estado, corrupção passiva e ativa. Os suspeitos destas «condutas ilícitas criminais» terão desenvolvido «um esquema, do qual lograram conseguir vantagens patrimoniais, causando avultados prejuízos aos subsistemas de assistência na doença» aos militares e aos funcionários públicos, segundo uma nota das PJM. Um desses esquemas, adiantou à “Lusa” a mesma fonte ligada ao processo, consistia na cobrança de cirurgias por parte de empresas que vendiam dispositivos médicos e não tinham qualquer certificação para realizar intervenções cirúrgicas. As cirurgias cobradas eram comparticipadas a 100% pelos subsistemas de assistência na doença aos funcionários públicos (ADSE) e aos militares (ADM). A suspeita em relação aos montantes cobrados terá mesmo levado os subsistemas a bloquear os pagamentos a algumas das empresas visadas. A investigação identificou ainda a saída de doentes do sistema de saúde público para o privado, com as faturas a caírem na ADSE e na ADM. Esta investigação, que começou há alguns meses, teve início numa denúncia, disse a mesma fonte. |