As farmácias tentaram este ano aumentar a compra de vacinas da gripe, mas as empresas que as comercializam garantiram apenas 440 mil doses, menos 160 mil do que no ano passado.
A procura das farmácias chegou mesmo a subir cerca de 21%, a meio de outubro, em relação ao ano passado.
Segundo declarações da Associação Nacional das Farmácias (ANF) à agência Lusa, “os distribuidores grossistas receberam pedidos de fornecimento de vacinas, por parte das farmácias, cinco vezes superiores ao que vão conseguir fornecer este ano”.
Contudo, esses pedidos não foram satisfeitos, o que levou a que até fim de outubro tenham sido vacinados nas farmácias 234 mil portugueses, menos 64 mil do que em igual período do ano passado, mesmo tendo recebido 200 mil vacinas do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para administração a cidadãos a partir dos 65 anos.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 19 de outubro e 1 de novembro foram distribuídas 192.428 vacinas a um total de 2.383 farmácias, localizadas em 267 concelhos do território continental.
Sobre este assunto, a ministra da Saúde, Marta Temido, indicou esta quinta-feira, durante a apreciação na especialidade do Orçamento de Estado (OE2021), que já foram vacinados um milhão de portugueses e há ainda 800 mil vacinas em ‘stock’. (pode consultar a noticia sobre este assunto aqui)
“À data de 03 de novembro foram entregues ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) 1,8 milhões de vacinas. Estão em entrega 270 mil vacinas na semana 30 de novembro a 06 de dezembro, uma data que poderá ser antecipada”, indicou.
Marta Temido lembrou ainda que o Ministério da Saúde “reforçou a aquisição de vacinas este ano em 39%”, para um total de 2,070 milhões de doses, e que avançou com a antecipação do programa de vacinação.
Já a ANF indica que, no ano passado, as farmácias tinham conseguido comprar um total de 600 mil doses da vacina da gripe, satisfazendo a procura de 543 mil portugueses.
Lembrar que a campanha de vacinação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) arrancou a 28 de setembro, com uma primeira fase que incluiu apenas as faixas da população consideradas prioritárias, como residentes em lares de idosos, grávidas e profissionais de saúde e do setor social que prestam cuidados. A 19 de outubro, arrancou a segunda fase, para pessoas com 65 ou mais anos e com doenças crónicas.
Além das vacinas gratuitas para as pessoas incluídas nos grupos de risco, haverá vacinas à venda nas farmácias que podem ser compradas com receita médica e são comparticipadas.