Entre janeiro e dezembro do ano passado, houve um aumento dos encargos com medicamentos tanto para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) como para as famílias, de 5,2% e 4,3% respetivamente.
Os dados são do relatório de monitorização do consumo de medicamentos em meio ambulatório referente ano passado, publicado pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed).
O relatório indica ainda que os encargos do SNS e dos utentes com medicamentos aumentaram mais de 100 milhões de euros, com os antidiabéticos – entre os quais o novo fármaco semaglutido – a serem responsáveis por cerca de metade do crescimento da despesa no ano passado.
O preço médio por embalagem cresceu 0,7% e está agora nos 13,06 euros. As vendas fora das farmácias diminuíram 2,4% em volume, mas subiram 1,9% em valor, fruto de um aumento 2,9% sobre o índice de preços. Cada português gastou, em média, 77,62 euros na farmácia, mais 3,15 euros do que no ano anterior, com um custo médio por embalagem estabilizado nos 4,53 euros.
Durante 2021, foram dispensadas 167,8 milhões de embalagens de medicamentos, metade das quais correspondentes a medicamentos genéricos.
Entre as classes terapêuticas mais utilizadas estão os antidislipidémicos, com um aumento de utilização de 8,2% (mais 1.127.294 embalagens). Seguem-se os analgésicos e antipiréticos, com um aumento de 8,7% e os antidepressores, com crescimento de 7,1%.
O mercado de Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM) representa 15% em volume e 11% em valor do mercado total de medicamentos, tendo registado uma ligeira descida em volume e aumento em valor durante o último ano.
Atualmente, o Infarmed tem registo de 1.382 locais de venda MNSRM, que têm uma quota de mercado na ordem dos 20%.
Para saber mais informações, consulte o Relatório de Monitorização do Consumo de Medicamentos em Ambulatório 2021 e o Relatório de Monitorização das Vendas de MNSRM fora das farmácias em 2021.