Enfermeiros portugueses cumprem hoje primeiro dia de greve nacional 454

24 de setembro de 2014

Os enfermeiros portugueses cumprem hoje o primeiro de dois dias de greve nacional contra a «grave carência» de profissionais nas unidades públicas de saúde e pela dignificação da profissão e da carreira de enfermagem.

«A quase totalidade dos enfermeiros faz entre 48 a 56 horas por semana, está impedida de gozar as folgas que a lei impõe e não se perspetiva quando poderão gozar os milhares de dias em dívida», referia o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) num comunicado divulgado na véspera do primeiro dia de greve, citado pela “Lusa”.

Para o SEP, «a grave carência de enfermeiros em todas as instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não se minimiza com a contratação de apenas mais 700 enfermeiros, em 2015, além dos mil já anunciados a 18 de setembro».

Numa reação a estas declarações, o Ministério da Saúde veio lamentar o que considera ser a «banalização da greve», sublinhando ainda ter-se comprometido com a «autorização de contratação de mais de 1.700 enfermeiros no período de outubro de 2014 a outubro de 2015».

Nas contas dos sindicalistas, seriam precisos mais 25 mil enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde, a juntar aos cerca de 39 mil existentes nos serviços públicos.

O SEP exige ainda uma valorização da profissão, as 35 horas semanais de trabalho para todos, a progressão na carreira e a reposição do valor das horas suplementares e noturnas.