|
Ensaio clínico: Ministra da Saúde francesa preferia ter sido alertada mais cedo 19 de Janeiro de 2016 A ministra da Saúde francesa, Marisol Touraine, admitiu que «teria sido apreciado» um «alerta mais rápido» em relação ao acidente que decorreu durante os ensaios clínicos de um produto do laboratório Bial, do qual resultou um morto, com cinco homens ainda hospitalizados. A Biotrial, o laboratório que conduzia os ensaios, defende que as responsabilidades deveriam recair sobre a empresa farmacêutica Portuguesa. «A regulamentação diz que cabe ao promotor [dos ensaios] Bial a responsabilidade de prevenir as autoridades de saúde», disse François Peaucelle à imprensa local, acrescentando depois que da parte da Biotrial «tudo foi feito conforme as regras» e que os contactos com a Agence Nationale de Sécurité du Médicament et des Produits de Santé – a autoridade reguladora dos medicamentos do país – foram iniciados «sem demoras, na quarta-feira à tarde». A ministra francesa só terá sido informada do sucedido na quinta-feira e, no seu entender, as primeiras informações que recebeu da Biotrial eram inconclusivas, deixando em aberto a hipótese de o homem que inspirava mais cuidados ter sido vítima de um acidente vascular cerebral, e não associando imediatamente o seu caso à toma do medicamento, avançou o “DN”. A este respeito, François Peaucelle defendeu que as informações disponibilizadas pela Biotrial «completavam evidentemente aquela que relevava nos termos regulamentares do promotor do ensaio, o laboratório Bial», sem esclarecer se a empresa portuguesa disponibilizou essas informações. |
