O programa de entrega de medicamentos de proximidade do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) tem crescido de forma significativa e está prestes a atingir os 300 doentes em todo o país.
O Programa de Entrega de Medicamentos em Proximidade (PEMProx) está em vigor há cerca de três anos, e permite aos doentes crónicos acompanhados nos Hospitais de Coimbra escolherem a farmácia onde pretendem receber os medicamentos de prescrição exclusivamente hospitalar, evitando deslocações a Coimbra, despesas e faltas ao trabalho.
“Em vez de o doente vir buscar o medicamento ao hospital, o medicamento vai ter com o doente. Isto faz a diferença toda, se estivermos a pensar que este programa se destina a doentes com doenças crónicas, para quem o medicamento é para toda a vida”, indicou à agência Lusa o presidente do conselho de administração do CHUC, Fernando Regateiro.
O CHUC assume os custos de envio de medicamentos, através de uma empresa especializada e certificada pelo Infarmed, que garante a entrega dos fármacos a “100% nas condições adequadas, sem perturbações de segurança”.
Segundo Fernando Regateiro, o investimento “é residual, e, além do mais, permite também programar de uma forma mais equilibrada o próprio trabalho da equipa farmacêutica e, naturalmente, reduzir o afluxo de doentes ao próprio hospital, vantagens muito grandes que é preciso valorizarmos”.
Até ao momento foram 268 os doentes de vários pontos do país, a receberem os medicamentos nas suas farmácias de proximidade, estando mais 78 em processo de entrada, embora o objetivo do CHUC seja chegar ao final de 2020 com 450 doentes crónicos abrangidos.
José Feio, diretor dos serviços farmacêuticos do CHUC, indica que este o programa permite poupar 50 euros e 12 horas aos doentes do território continental. No caso dos doentes das ilhas, a poupança estende-se aos 700 euros e a 72 horas.
O PEM/Prox é “um programa centrado no doente, que decide a sua adesão, escolhe a farmácia e levanta o medicamento”, além de, em menos de 24 horas, o receber na sua farmácia, “o que dá valor ao programa, embora o medicamento seja enviado com uma semana de antecedência para evitar interrupções na toma”, sublinha José Feio.
Neste momento, o programa envolve 125 farmácias comunitárias e três hospitalares.