A partir desta segunda-feira, dia 15 de agosto, a Escócia tornou-se oficialmente no primeiro país do mundo a oferecer pensos higiénicos e tampões de forma gratuita. Farmácias são um dos pontos de recolha disponíveis.
Assim, as mulheres e pessoas trans e não-binárias deverão aceder à aplicação ‘PickupMyPeriod’, disponível em sistemas operativos IOS e Android. Desta forma, podem identificar a localização dos vários pontos de recolha no país e levantar os produtos gratuitamente. Trata-se de um “exemplo de legislação inclusiva”, referiu a deputada responsável pelo projeto de lei, Monica Lennon, no Twitter. “Homens e mulheres trans e pessoas não-binárias estiveram nas raízes desta campanha. A transfobia deve ser enfrentada e estou comprometida com isso”, disse.
A medida que procura acabar com a pobreza menstrual havia já sido aprovada em 2020, mas apenas entra em vigor no próximo dia 22 de agosto. Farmácias, centros comunitários e associações juvenis são alguns dos espaços públicos que ficarão responsáveis pela entrega gratuita dos produtos a quem deles necessitar.
“Orgulhosa do que conseguimos na Escócia. Somos os primeiros, mas não seremos os últimos”, escreveu ainda na mesma rede social Monica Lennon. Este mês, o Colorado, nos Estados Unidos, acabou com o imposto estatal sobre a venda de produtos de higiene feminina e fraldas. A Grã-Bretanha decidiu o mesmo no ano passado
🩸Women, girls and people who menstruate should never face the indignity of period poverty.
🏴Proud that we are making period dignity for all a reality.
✅Free period products have been widely available in communities ahead of the Act taking full legal effect tomorrow. https://t.co/8Kx3o543cZ
— Monica Lennon MSP (@MonicaLennon7) August 14, 2022
“Estou orgulhosa por ter sido pioneira na promoção da lei, que já está a influenciar mudanças positivas no país e no resto do mundo”, disse ainda à Sky News a ministra da Justiça Social do país. Monica Lennon lembrou que muitas pessoas são forçadas todos os dias a fazerem “escolhas difíceis devido ao aumento do custo de vida”.