Todos os profissionais dos Serviços Farmacêuticos do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES) apresentaram declarações de exclusão de responsabilidade por “carências de recursos humanos e a degradação de recursos materiais”, revelou esta quarta-feira a Ordem dos Farmacêuticos (OF).
Os farmacêuticos do HDES são os mais recentes integrantes da longa lista de escusas de responsabilidade apresentadas em todo o país. De acordo com a OF, são já 210 os profissionais que recorreram a este meio, num total de 16 estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), no espaço de 18 meses.
Em causa estão a “qualidade e a segurança dos atos farmacêuticos” praticados nesta unidade do Serviço Regional de Saúde dos Açores, cita a OF. Não só se encontram “comprometidas”, como existem “carências de recursos humanos e a degradação de recursos materiais”, que aumentam “riscos de contaminação” e também a “ocorrência de erros” que colocam em causa o cumprimento das Boas Práticas em Farmácia Hospitalar.
Os farmacêuticos signatários abordam inúmeros constrangimentos e pedem a “remodelação nas instalações destinadas ao atendimento do utente”, a integração de plataformas informáticas, e ainda ao acesso a dados em Saúde. A OF manifestou, junto da presidente do Conselho de Administração do ADES, Manuela Gomes de Menezes, a sua “extrema preocupação” com as limitações apontadas.