29 de Agosto de 2016 Um estudo de investigação clínica, liderado pelo médico Manel Esteller, criou um teste epigenético de aplicação imediata que identifica 87% dos cancros de origem desconhecida, o que permite prescrever tratamentos específicos e aumentar a sobrevivência do doente. O estudo, publicado na revista “Lancet Oncology”, permitiu desenvolver e validar o primeiro diagnóstico epigenético (extra informação genética) para pessoas com cancro de origem desconhecida – um cancro agressivo que provoca metáteses antes de o tumor primário se evidenciar. O novo sistema diagnóstico desenvolvido foi desenvolvido por Manel Esteller, diretor do Programa de Epigenética e Biologia do Cancro do Instituto de Investigação Biomédica de Bellvitge, em Barcelona. O teste, que pode determinar entre cinco e 10 dias a origem do tumor, vai ser comercializado em todo o mundo pela farmacêutica Ferrer. O teste mostrou até agora ser uma potente ferramenta para identificar o tumor primário em pessoas com cancro de origem desconhecida e em consequência permite acelerar o processo de diagnóstico e abre a porta para a escolha de um medicamento específico dirigido ao tipo de tumor. «Agora o doente não será tratado “às cegas”, mas poderá receber uma terapia muito mais específica para o tipo tumoral que tiver», afirmou Manel Esteller, citado pela “Lusa”. O investigador salientou que o teste não é uma descoberta a «desenvolver nos próximos anos», mas que já pode ser aplicado. |