Especialista em oncologia preocupada com acesso aos «medicamentos baratos» 30 de Agosto de 2016 Fátima Cardoso, investigadora da Fundação Champalimaud, confessou, numa entrevista à revista “Visão”, que, apesar de existir «muita gente preocupada com o acesso a medicamentos caros», há «um problema maior: o acesso a medicamentos baratos». No entender da investigadora, embora pouco se fale no assunto, os medicamentos «mais importantes contra o cancro são os antigos» e estes «começam a desaparecer». Os medicamentos inovadores e caros necessitam, inclusivamente, dos fármacos mais antigos, pois só através de um tratamento combinado é que os novos medicamentos produzem o efeito esperado. Sem os medicamentos mais antigos «deixamos de poder tratar cancros», conclui Fátima Cardoso. Esta especialista em oncologia considera que o «problema são os distribuidores» que se «resguardam na ideia de mercado livre», vendendo «onde lhes pagam mais». A Sociedade Europeia de Oncologia Médica criou um grupo de trabalho para tratar as questões referentes ao acesso a medicamentos, caros e não caros. «Queremos soluções», desabafa Fátima Cardoso. |