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Especialista estima 11 mil novos casos de cancros da pele em Portugal este ano

10 de julho de 2014

O secretário-geral da Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC) estima que este ano deverão registar-se 11.000 novos casos de cancro da pele em Portugal, 1.000 dos quais serão melanomas, um dos mais agressivos.

Segundo Osvaldo Correia, os cancros da pele têm vindo a aumentar de «forma significativa» em Portugal, mas também noutros países, devido à maior exposição ao sol e à falta de cuidados adequados, que incluem não só o uso de protetor solar e vestuário, como o evitar as horas do dia de maior risco.

Aquele e outros dermatologistas, juntamente com alguns atletas e figuras públicas, vão promover no sábado, na Praia da Falésia, em Vilamoura, uma ação de sensibilização que inclui demonstrações de como fazer o auto exame da pele e também a forma mais adequada de proteção nas crianças, adolescentes e adultos.

Osvaldo Correia dá o exemplo das pessoas que praticam desporto ao ar livre, em condições que são de aparente segurança, mas que podem representar um risco se os desportistas não usarem óculos escuros, chapéu, vestuário adequado e cremes com Fator de Proteção Solar (FPS) elevado (entre 30 e 50).

«Nos dias de vento, devido à sensação de frescura, as pessoas não se apercebem da temperatura e dos índices de ultravioletas, que aumentam com a altitude», exemplificou, sublinhando que desaconselha a prática desportiva ao ar livre entre as 11:00 e as 17:00 e que os desportistas devem renovar o protetor com frequência, uma vez que tende a sair com o suor.

Segundo o dermatologista, se não for detetado precocemente, o melanoma, o mais grave dos cancros da pele, provoca elevadas taxas de mortalidade, pois apresenta um maior risco de propagação para outros órgãos.

O especialista alertou ainda para a importância de a exposição solar ser feita de forma gradual, para que a pele se habitue, frisando que o facto de a pele não ficar vermelha, nas pessoas mais morenas, não significa que mais tarde não possam vir a desenvolver lesões.

De acordo com a “Lusa”, Osvaldo Correia sublinhou ainda que desaconselha totalmente a ida a solários e que não se deve misturar autobronzeador com os cremes de proteção solar, que não devem ser invisíveis nem demasiado fluídos.

A ação de sensibilização tem início às 10:00 de sábado, na Praia da Rocha Baixinha, conhecida como Praia da Falésia, em Vilamoura, culminando às 18:30 com uma caminhada à beira mar.