Especialista: Novo fármaco contra infertilidade substitui sete dias de medicação 06-Fev-2014 A presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina de Reprodução defendeu ontem que o novo tratamento para a infertilidade, com dose equivalente a sete dias de medicação e que está disponível no mercado desde janeiro, é uma «alternativa real» entre as terapêuticas comparticipadas. Teresa Almeida Santos explicou à agência “Lusa” que esta inovação consiste numa injeção única, «equivalente a sete dias de medicação», que tem «resultados idênticos», com a vantagem de evitar as injeções diárias do tratamento padrão. Desde o início do ano, as mulheres portuguesas com problemas de infertilidade podem optar pelo novo tratamento «destinado a estimular a ovulação», o qual «é mais cómodo e tem o mesmo preço» da terapêutica até agora disponível, adiantou. Em Portugal, onde cerca de 10% dos casais são inférteis, a compra do tratamento, baseado numa injeção única de corifolitropina alfa, tem uma comparticipação de 69% do Estado, a mesma comparticipação dos restantes fármacos usados para a infertilidade. «A comparticipação deste novo fármaco permitirá uma melhor acessibilidade dos casais a esta alternativa terapêutica de administração mais cómoda», segundo a diretora do Serviço de Reprodução Humana do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que integra o Centro de Procriação Medicamente Assistida. Para Teresa Almeida Santos, «a grande vantagem deste tratamento reside numa comodidade superior e na sua facilidade de administração». Os medicamentos tradicionalmente utilizados no tratamento da infertilidade baseiam-se na injeção de sete doses ao longo de uma semana, sublinhou. |