Estado da Nação: Passos garante até fim de julho listagem de imóveis suscetíveis de conter amianto 605

Estado da Nação: Passos garante até fim de julho listagem de imóveis suscetíveis de conter amianto

3 de julho de 2014

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, garantiu ontem que até final de julho será publicada uma listagem com todos os imóveis referenciados como passíveis de conter amianto.

Interrogado no debate do estado da Nação sobre esta matéria pela deputada Heloísa Apolónia, do partido ecologista “Os Verdes”, Passos Coelho reconheceu um «atraso» na divulgação da lista mas prometeu a mesma até final do mês, indicou a “Lusa”.

Estão reunidas as condições, disse o governante, «para que o carregamento de todos os dados levantados em todas as áreas setoriais» possa ser feito num site adequado que permitirá «até ao final deste mês publicar toda a listagem que estava referenciada quanto aos imóveis que têm suscetibilidade de conter amianto».

A questão do amianto foi levantada em fevereiro a partir de um caso concreto na DGEG – Direção-Geral de Energia e Geologia, onde foi registado um elevado número de funcionários com cancro, que alegadamente estiveram em contacto com amianto. Na altura, Passos Coelho havia dito que em dois meses estaria feito um levantamento dos edifícios nessa situação.

No debate de ontem no parlamento, Heloísa Apolónia questionou o executivo sobre a matéria, tendo também falado da dívida pública, «que aumentou substancialmente desde que este Governo tomou posse» e do «desvalorizar» do fenómeno da emigração, na sua ligação com os dados de desemprego, por parte de Passos Coelho.

«Há determinadas coisas que não dá para perceber», frisou a parlamentar ecologista.

Heloísa Apolónia declarou ainda que os ricos aumentaram a sua riqueza nos últimos três anos ao passo que a pobreza também aumentou, com Passos Coelho a dizer que não há agora maiores assimetrias na distribuição de rendimentos do que há «três, quatro anos».

«Nós não temos [agora] uma distribuição de rendimentos mais assimétrica hoje do que tínhamos há três, quatro anos», frisou o primeiro-ministro.