Estado gasta mais 8,7% com medicamentos nos hospitais 295

17 de Junho de 2015

A despesa do Estado com medicamentos dispensados em meio hospitalar totalizou 258 milhões de euros entre janeiro e março de 2015, um aumento de 8,7% face ao mesmo período de 2014. 

 

Os medicamentos antivíricos, onde se incluem os fármacos para a hepatite C, foram os que mais contribuíram para o aumento da despesa, com um crescimento de 14,2% face a 2014.

 

O grupo de medicamentos órfãos apresentou também um aumento de encargos para o SNS face a 2014, tendo o Estado gasto com estes medicamentos 21,4 milhões de euros entre janeiro e março de 2015. 

 

No mercado ambulatório verificou-se um decréscimo na despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de 0,3% face a 2014, tendo o Estado gasto 296 milhões de euros com medicamentos, entre janeiro e março de 2015. Verificou-se um aumento do número de embalagens dispensadas, que atingiu em 2015 os 39 milhões, mais 1,6% que no primeiro trimestre de 2014.

 

O encargo médio do utente por embalagem diminuiu 1,3%, sendo de 4,47 euros no primeiro trimestre de 2015, o que traduz uma maior acessibilidade aos medicamentos prescritos.

 

Destaca-se ainda o aumento da quota de medicamentos genéricos no SNS. No primeiro trimestre de 2015, a quota atingiu os 46,9% face a 45,7% do período homólogo (aumento de 1.13 p.p.). No que diz respeito à quota de medicamentos genéricos no mercado concorrencial, a quota foi de 64,4% face a 62,9% de 2014.

 

No primeiro trimestre de 2015, verificou-se que a quota dos locais de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica atingiu 18,8% deste mercado, registando uma diminuição de 0.5 pontos percentuais face ao período homólogo do ano anterior.

 

Os distritos de Lisboa, Porto e Setúbal apresentaram maior volume de vendas enquanto o menor volume foi registado nos distritos de Bragança, Portalegre e Guarda.

 

À semelhança do período anterior, o paracetamol foi a DCI com maior número de embalagens vendidas, pode ler-se no comunicado emitido pelo INFARMED.

 

O índice de preços foi de 93,0, apresentando uma diminuição de 3,9% face ao mesmo período do ano anterior.