Estados membros da UE mantêm divergências sobre utilização de glifosato 20 de Maio de 2016 O comité de peritos da União Europeia responsável por discutir a renovação da licença para a utilização de glifosato em território europeu voltou a falhar ontem um acordo, podendo assim esta substância ser proibida em breve. Um porta-voz da Comissão Europeia explicou que o comité, no qual estão representados os 28 estados-membros, reuniu-se na quarta-feira e ontem, em Bruxelas, mas «uma vez que era óbvio que não havia uma maioria qualificada», não foi realizada sequer votação, até porque o executivo comunitário «já deixara claro que não seria possível prosseguir sem uma maioria qualificada sólida de estados-membros». «A Comissão vai refletir no desfecho da discussão. Se não for tomada qualquer decisão até 30 de junho, o glifosato deixará de ser autorizado na UE, e os estados-membros terão de retirar as autorizações a todos os produtos à base de glifosato», acrescentou, citado pela “Lusa”. Na terça-feira, o ministro da Agricultura indicou em Bruxelas que Portugal deveria manter a posição de abstenção quanto à análise da Comissão Europeia sobre o uso de glifosato, um produto para eliminar ervas daninhas. Em causa está a proposta do executivo comunitário de utilizar o glifosato por mais nove anos, mas sem alguns dos co-formulantes considerados cancerígenos. Aos jornalistas portugueses, Capoulas Santos justificou a abstenção indicando que os «dados científicos são contraditórios» e citou o estudo da Organização Mundial de Saúde divulgado na quarta-feira que «relativiza os riscos do glifosato». O governante lembrou ainda que há «quatro ou cinco dias atrás»Portugal proibiu o componente taloamina. Em Portugal, uma petição a favor da proibição do herbicida já reuniu 15 mil assinaturas. |