Fábio Ikedo, estudante de doutoramento na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), criou um projeto para apoiar cuidadores informais, que foi distinguido com o Prémio Santander UNI.COVID-19, no valor de 2 mil euros.
Este projeto denominado por “Apoio à família e doente em cuidados paliativos”, visa criar uma rede de voluntários para ajudar cuidadores e familiares de doentes em cuidados paliativos.
“O objetivo é que os cuidadores possam ter momentos de descanso, que possam aliviar o stress ou simplesmente ir às compras”, indicou Fábio Ikedo, em declarações ao portal da Universidade do Porto (UP).
Segundo o autor do projeto, esta ideia surgiu após realizar várias visitas a doentes em cuidados paliativos no domicílio, no âmbito da tese de doutoramento, e de ter presenciado a sobrecarga que, muitas vezes, acaba por levar à exaustão dos cuidadores informais.
“Trata-se, portanto, de uma tentativa de diminuir a sobrecarga física e psicológica da pessoa que está a cuidar do doente, para que possa depois continuar as suas funções de auxílio”, explica o estudante à UP.
Segundo Fábio Ikedo, “há estudos que indicam que 73% dos cuidadores dorme menos de quatro horas por dia, ou que um terço dos doentes oncológicos são auxiliados por um único cuidador”.