No decorrer da passada semana, a APEF, em conjunto com o Fórum Nacional de Estudantes de Saúde e o Conselho Nacional de Juventude, advertiu para a necessidade de os estudantes de saúde, que se encontram em estágios nas instalações do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e estruturas de apoio, serem equiparados aos respetivos profissionais de saúde, no acesso à vacina contra a COVID-19.
Agora, depois de notícias recentes que dão conta da intenção de alguns estudantes de Medicina e Enfermagem serem vacinados, a Presidente da APEF, Carolina Simão, pede clareza por parte do Ministério da Saúde. “Louvamos que exista a intenção de vacinar os futuros médicos e enfermeiros, sempre fomos a favor de que isso acontecesse, mas a mensagem tem de ser clara e disseminada pelos responsáveis”, frisou a representante dos futuros farmacêuticos, que vai mais longe e afirma que, “tratando-se de um assunto do âmbito da saúde, o mínimo que se exige é que sejam divulgados os critérios científicos que baseiam estas decisões, se é que as mesmas já foram tomadas.”
“Relembre-se que os farmacêuticos que exercem em ambiente hospitalar e em farmácia comunitária, foram considerados prioritários no âmbito dos critérios divulgados pelo Ministério da Saúde, na medida em que contactam diariamente com doentes COVID e não-COVID, garantindo a continuidade dos cuidados de saúde, numa altura em que o SNS se encontra saturado, recorda a APEF, que frisa que “não entende a ambiguidade de critérios quando os estudantes se encontram no mesmo ambiente de risco do que os profissionais”.
“Esta situação terá de ser solucionada, num futuro próximo”, afirmou a dirigente da APEF, deixando a mensagem de que “os estudantes não querem passar à frente daqueles que são mais vulneráveis, apenas querem respostas coerentes sobre o plano de vacinação”.
Carolina Simão pede ao coordenador da Task Force um “rápido e concreto esclarecimento, que seja baseado na ciência e que permita a proteção dos estudantes de saúde em situação de risco” deixando, por fim, um apelo “para que se olhe para a saúde com um todo e não como uma luta de classes, os estudantes assim o fizeram, o mínimo que se pede é que os responsáveis também o façam.”