Estudantes de Medicina querem menos vagas nos cursos para garantir formação de qualidade 14 de Março de 2016 A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) quer diminuir o número de estudantes de Medicina, alegando que a quantidade de alunos compromete a qualidade da formação médica em Portugal. A instituição entregou ao Governo uma proposta para reduzir, em cinco anos, de 1.800 para cerca de 1.300 o número de estudantes de medicina por ano. Esta é também uma preocupação apontada por diretores de faculdades de medicina, Ordem dos Médicos e Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar. Contactado pelo “DN”, o Ministério da Saúde adiantou que irá analisar a proposta em conjunto com o Ministério da Ciência e do Ensino Superior, que não respondeu às questões do “DN”. Como o número de estudantes é superior à capacidade formativa atual, a associação propõe ao Governo a «extinção imediata do contingente adicional de 15% de vagas [cerca de 250] para licenciados a admitir nos cursos de Medicina». Segundo André Fernandes, presidente da ANEM, quem quer tirar um segundo curso «não deve ter condições privilegiadas, muito menos quando há excesso de vagas». A outra proposta é a «redução fracionada de 3% ao ano», num total de 15% ao fim de 5 anos. Caso a proposta seja aceite, seriam menos 300 vagas em Medicina já este ano. Um dos problemas apontados no documento é o rácio de alunos por tutor, o médico no hospital que os acompanha e que ainda tem internos do ano comum e do internato da especialidade à sua responsabilidade. |