Estudo: 46% dos cancros da mama considerados “agressivos” não deviam ser tratados com quimioterapia 01 de Setembro de 2014 Um estudo revelou que 46% dos tumores malignos da mama, considerados de risco elevado, estão sobreavaliados, não sendo necessário um tratamento com quimioterapia. Nesta investigação, que incluiu 6.693 mulheres, foi testada uma nova análise genómica, que permite conhecer o tipo de tumor maligno, da mama, e dar aos médicos indicações mais precisas acerca da terapêutica mais adequada a cada caso. A coordenadora deste teste, Fátima Cardoso da Fundação Champalimaud, explica que as mulheres com cancro de baixo risco apresentavam uma probabilidade de 97% de estarem vivas ao fim de cinco anos, sendo o benefício da quimioterapia de apenas 1,5%, podendo ter efeitos adversos como «0,5% de doença cardíaca grave ou 1% de leucemia a longo prazo, ambos mortais», salientou a especialista, numa entrevista ao “Expresso”. Este teste é muito útil, de acordo com os especialistas, e no futuro poderá estar disponível nos hospitais públicos, mas «só para alguns doentes e alguns tipos de testes genómicos», conclui a investigadora. |