Estudo: 90% dos portugueses sabem o que são cuidados paliativos
20 de outubro de 2017 Uma investigação promovida pela Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP), em parceria com as Farmácias Holon, a Universidade Católica Portuguesa – Instituto de Ciências da Saúde e o Observatório Português dos Cuidados Paliativos (OPCP), revelou que 90% dos portugueses sabem o que são cuidados paliativos. No entanto, 6,6% pensa que são cuidados que atrasam ou adiam a morte. O estudo “Cuidados Paliativos: o que sabem os portugueses” revelou ainda que apenas 75% dos cidadãos identifica adequadamente os objetivos dos cuidados paliativos. «Através dos resultados obtidos podemos concluir que existe um bom conhecimento acerca do conceito, mas menor nos objetivos e forma de trabalho dos cuidados paliativos, e existem também fatores que continuam a condicionar, de forma grave, a disparidade deste conhecimento», explicou, em comunicado, Manuel Luís Capelas, presidente da APCP. Contudo, o dirigente da APCP acredita que «estamos perante uma total mudança de paradigma. As pessoas sabem o que são estes cuidados e que têm direito a usufruir deles sendo por isso expectável que os exijam junto dos profissionais de saúde e, acima de tudo, que exijam uma maior resposta por parte do nosso Serviço Nacional de Saúde». Os inquéritos que permitiram a realização do estudo foram aplicados em Farmácias Holon do continente e ilhas, de julho a setembro de 2017, a uma amostra acidental de 795 sujeitos, com mais de 18 anos. «As farmácias Holon assumem a sua quota-parte de responsabilidade na persecução dos objetivos do Serviço Nacional de Saúde, assumindo um papel ativo no estabelecimento de parcerias com organizações que partilhem o mesmo desígnio. Consideramos que a única forma de contribuirmos para ganhos em qualidade de vida é conhecermos a fundo as necessidades associadas a patologias ou estados de saúde específicos, e ninguém melhor para nos transmitir essas mesmas necessidades do que as pessoas que as têm, ou que convivem com elas todos os dias», disse, ao “Netfarma”, Ema Paulino, diretora do Departamento de Projetos e Serviços das Farmácias Holon. Para Ema Paulino, «é motivo de honra e orgulho associarmo-nos a iniciativas que permitam conhecer ainda melhor a população que servimos, como a que foi desenvolvida pela Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos». Este estudo foi apresentado e discutido no Seminário “Vida com Dignidade e Qualidade até ao Fim”, no dia 14 de outubro, na Fundação Calouste Gulbenkian. |