Estudo: Até 2025 os serviços de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo terão de aumentar a atividade 480

Estudo: Até 2025 os serviços de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo terão de aumentar a atividade

25 de Maio de 2015

Um recente estudo sobre a reorganização hospitalar na Região de Lisboa e Vale do Tejo, solicitado pela Administração Regional de Saúde e realizado pela Antares Consulting prevê que os próximos anos vão exigir que os serviços da Região de Lisboa e Vale do Tejo aumentem significativamente a sua atividade para conseguir responder aos doentes.

O trabalho encomendado em 2013 teve um custo de 90 mil euros mas nunca foi divulgado publicamente. Após uma queixa na Comissão de Acesso a Documentos Administrativos, o “i” teve acesso ao documento de 400 páginas, que em termos mais imediatos levou a ARS a propor a criação de grupos hospitalares na península de Setúbal e Lezíria do Ribatejo, para tentar melhorar a oferta na periferia de Lisboa e diminuir o encaminhamento de doentes para os hospitais centrais da capital.

O trabalho da Antares Consulting faz projecções até 2025. Prevê que haja nestes dez anos dois movimentos. Por um lado, mais doentes: a população com mais de 65 anos na região vai crescer 22% e é previsível o aumento do número de doentes crónicos e com várias doenças ao mesmo tempo. Por outro lado, a pressão da procura pode ser atenuada se houver uma otimização das taxas de ocupação, uma redução nas demoras do internamento com mais acompanhamento perto de casa, por exemplo para doentes crónicos. Mas também mais tratamentos e operações com alta no próprio dia e consultas de especialidade nos hospitais.

Apesar do potencial atenuador de algumas tendências, as conclusões da Antares são quase sempre a somar. A maior pressão vai ser nas consultas hospitalares, revela o relatório: prevê-se que até 2025 tenham de aumentar 41,3% na região.