De acordo com um estudo do Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO), os produtos contrafeitos representam 6,8% das importações da União Europeia (UE), no valor de 121.000 milhões de euros, sendo que os produtos farmacêuticos contrafeitos estimam-se em 4.000 milhões de euros, valor que a pandemia fez aumentar.
O documento, a que a agência Lusa teve acesso, mostra que “os consumidores têm dificuldade em distinguir entre produtos genuínos e falsos, especialmente online”.
“Em geral, uma em cada três pessoas (embora em alguns países cerca de uma em cada duas) e, em média, quase um em cada 10 europeus (9%) afirmaram ter sido induzidos em erro na compra de contrafações”, refere o estudo.
“A preocupação com os produtos contrafeitos aumentou ainda mais durante a pandemia da covid-19. A proliferação de medicamentos contrafeitos, incluindo antibióticos e analgésicos, e de outros produtos médicos, como equipamento de proteção individual e máscaras faciais, pôs em evidência este fenómeno, em que os infratores se aproveitam da incerteza das pessoas relativamente a novos tratamentos e vacinas”, indica o estudo.
O EUIPO alerta para que “os produtos contrafeitos representam sérios riscos para a saúde e para a segurança dos cidadãos, uma vez que geralmente não cumprem as normas de qualidade e segurança e podem conter ingredientes ou componentes perigosos”.
Tendo em conta esta preocupação, as autoridades apreenderam, em 2020, 1.222 toneladas de pesticidas, herbicidas e fertilizantes ilícitos e contrafeitos.
Os serviços de correio e de correio expresso são os principais meios de transporte dos produtos farmacêuticos contrafeitos comercializados em todo o mundo.