Estudo defende que doentes oncológicos devem poder escolher local de tratamento 13 de dezembro de 2016 Um estudo sobre cancro defende que os doentes devem poder escolher livremente o local onde querem ser tratados e que os profissionais de saúde aprendam a explicar com clareza aos doentes, e usando linguagem comum, a sua situação. Estas são algumas das conclusões do estudo “Cancro 2020: Podemos fazer (ainda) melhor”, que será hoje apresentado em Lisboa. Trata-se de um projeto promovido pela Escola Nacional de Saúde Pública, da Universidade Nova de Lisboa, e que resulta da análise de um conjunto de especialistas em saúde e peritos nacionais. «Pretendemos contribuir para a redefinição dos modelos organizacionais e de financiamento, numa altura em que a eficiência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) depende da capacidade das instituições para trabalharem em conjunto, numa estratégia verdadeiramente orientada para as necessidades dos doentes e para a criação de valor em saúde», afirma Rute Simões Ribeiro, a investigadora principal do estudo, citada pela “Lusa”. A quarta edição deste “Think Tank” focou-se em duas doenças oncológicas das mais prevalentes em Portugal e no mundo: o cancro da mama e o cancro colorretal. Os peritos defendem que os doentes possam escolher livremente onde querem ser tratados e deixa uma recomendação aos profissionais de saúde: «Devem aprender a explicar com clareza aos doentes a sua situação, usando linguagem comum». Entre as várias conclusões do estudo consta a de que «as instituições devem ser organizadas em função e benefício do doente». «Todos os doentes devem receber a mesma qualidade de tratamento, independentemente do hospital onde são seguidos», defendem os especialistas. Na opinião destes peritos, todos os doentes devem ser ouvidos e avaliados por equipas multidisciplinares, defendendo ainda a existência de uma «rede de cuidados de excelência». Outra conclusão vai no sentido de o financiamento dos hospitais abranger os ganhos em saúde para os doentes e sociedade. |