Estudo descobre que redução de calorias pode atrasar envelhecimento 17 de Março de 2015 Investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) de Coimbra descobriram um novo mecanismo que explica o atraso no envelhecimento com a diminuição do consumo de calorias, anunciou hoje a Universidade daquela cidade. Uma equipa de investigadores do CNC da Universidade de Coimbra (UC), liderada por Cláudia Cavadas, «descobriu um novo mecanismo que explica a forma como a diminuição do consumo de calorias atrasa o envelhecimento», afirma a UC numa nota hoje divulgada. O estudo foi publicado na última edição da revista norte-americana “Procedings of National Academy of Sciences” (PNAS). A investigação do CNC «descreve um mecanismo inédito que explica que a redução de calorias aumenta a molécula neuropeptídeo Y (NPY)», a qual é responsável por estimular a “reciclagem celular”, acrescenta a UC. A “reciclagem celular”, denominada autofagia, foi estudada nos «neurónios de uma zona cerebral responsável pelo envelhecimento do corpo, o hipotálamo». Os resultados obtidos sugerem que «a redução de calorias, em percentagens de 20% a 40%, sem se prescindir de nutrientes, pode atrasar o envelhecimento em ratinhos, por aumentar a produção de NPY, que estimula, por sua vez, a autofagia no hipotálamo», explica a mesma nota, citada pela “Lusa”. A investigação, realizada durante «cerca de três anos no CNC» e que envolveu vários especialistas, «mostra, pela primeira vez, que o NPY no hipotálamo é um elemento fundamental para que ocorra um aumento da autofagia induzida pela restrição calórica», sublinha Cláudia Cavadas. A comunidade científica já sabia que a diminuição de calorias atrasa o envelhecimento, mas este estudo do CNC descobriu que «o NPY explica como esse atraso ocorre no hipotálamo, e é nesta molécula que poderá estar a chave para combater os impactos negativos do envelhecimento», explica a investigadora. |