Estudo: Maioria dos casais inférteis aceita doar embriões para investigação 13-Mar-2014 Um estudo do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) concluiu que a maioria dos casais inférteis aceita doar embriões para investigação científica, com os católicos a serem mais favoráveis à doação. O estudo, do qual apenas algumas conclusões foram divulgadas ontem em comunicado, foi feito entre agosto de 2011 e dezembro de 2012, abrangendo 313 mulheres e 221 homens em tratamentos de fertilidade. Os restantes resultados serão apresentados na próxima terça-feira, num debate no ISPUP sobre «a governação da investigação em embriões de origem humana». Segundo o inquérito, 85% dos casais inférteis aceitam doar embriões para investigação, «sendo que as mulheres e os homens católicos se revelam mais propensos à doação», comparativamente aos não católicos ou sem religião. Por outro lado, mais de 75% dos inquiridos defendem a extensão do limite máximo da criopreservação de embriões em Portugal, atualmente fixado em três anos, citou a “Lusa”. Desde 2006 que a lei portuguesa prevê a possibilidade de os embriões criopreservados se destinarem à investigação científica, sendo que as experiências têm de ser autorizadas pelo Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida e pelos casais envolvidos em tratamentos de fertilização in vitro ou de microinjeção intracitoplasmática de espermatozoides. |