Estudo: Nanotecnologia substitui órgãos “doentes” a partir da pele
08 de agosto de 2017 Os investigadores da universidade norte-americana de Ohio desenvolveram uma nova tecnologia para reparar e regenerar tecidos com lesões, incluindo órgãos, vasos sanguíneos e células nervosas. Esta inovação foi testada em ratos e porcos, mostrando ser possível entregar novo material genético às células da pele para que estas adquiram uma nova função no organismo. Durante o estudo desenvolvido, publicado na revista “Nature Nanotechnology”, a equipa conseguiu reprogramar células da pele para se tornarem células do sistema vascular em patas de porco gravemente feridas e com falta de circulação sanguínea. Ao fim de uma semana, apareceram na pata do animal vasos sanguíneos funcionais. Duas semanas depois, a pata ficou curada. Numa outra experiência, a equipa reprogramou células da pele “in vivo” em células nervosas, que foram injetadas no cérebro de ratos para ajudá-los a recuperar de um acidente vascular cerebral. A tecnologia foi desenhada para entregar, através de um chip, novo material genético (ADN e ARN) a células adultas e convertê-las noutro tipo de células. A nova informação genética é distribuída no organismo quando o chip, colocado momentaneamente sobre a pele, é ativado, em menos de um segundo, com uma pequena descarga elétrica. A equipa científica tenciona testar a nanotecnologia em humanos em 2018, avança a agência “Lusa”. |