De acordo com um estudo, publicado no Journal of the American Society of Nephrology, os pacientes recuperados da covid-19, de longa duração, têm maior probabilidade de desenvolver problemas nos rins.
A investigação demonstrou que os problemas renais podem continuar vários meses após a recuperação da infeção provocada pelo novo coronavírus.
Os especialistas recorreram aos dados de quase 90.000 de veteranos, presentes no Departamento de Assuntos dos Veteranos – dos Estados Unidos da América (EUA) -, que testaram positivo à covid-19 entre março de 2020 e fevereiro de 2021. Posteriormente, os autores compararam com os dados de 1,6 milhões de pessoas que nunca contraíram o vírus SARS-CoV-2.
Os cientistas chegaram à conclusão de que os pacientes recuperados, mesmo aqueles que não precisaram de ser hospitalizados, têm uma probabilidade superior de desenvolver problemas nos rins, em comparação com os indivíduos que nunca tiveram covid-19.
Ainda assim, também notaram que quanto maior for a gravidade dos sintomas da infeção do novo coronavírus, maior será a severidade dos problemas renais.
Cerca de 5% dos pacientes recuperados da covid-19 tiveram uma queda de 30% na sua função renal, conhecida como taxa de filtração glomerular estimada. No geral, os pacientes que tiveram uma infeção de longa duração têm 25% a mais de probabilidade de desenvolver um declínio na taxa de filtração glomerular estimada.
Os cientistas verificaram que 2.812 dos pacientes recuperados da doença apresentavam insuficiência renal aguda, o dobro em relação às pessoas que não foram infetadas pelo novo coronavírus.
Os investigadores admitiram algumas limitações que podem condicionar a comparação de dados, nomeadamente as «caraterísticas demográficas, condições de saúde pré-existentes, uso de medicação e a permanência em lares de idosos».
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