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Estudo relaciona consumo de café com mais longevidade

 


11 de julho de 2017

O consumo de café pode contribuir para mais longevidade, ajudando a evitar doenças cardíacas, renais, respiratórias, cancros, AVC ou diabetes, segundo um estudo em que foram analisadas mais de 180 mil pessoas.

A investigação, divulgada hoje na publicação especializada “Annals of Internal Medicine”, baseou-se num estudo feito nos Estados Unidos entre diversas etnias pela Universidade do Hawaii e a Escola de Medicina Keck, da Califórnia.

«Não podemos dizer que beber café prolonga a vida mas vemos uma associação», afirmou Veronica Setiawan, professora de medicina preventiva e principal autora do estudo, em que se regista que quem bebe uma chávena de café por dia tinha menos 12% de probabilidade de morrer do que quem não bebe.

Para quem bebe duas ou três chávenas, o risco de morte reduz-se em 18%, não se verificando variação entre quem bebe café descafeinado.

«O café contém muitos anti-oxidantes e compostos que desempenham um papel importante na prevenção do cancro», apontou a investigadora, salientando que os resultados não permitem concluir que o café é uma espécie de elixir, mas que «faz parte de uma dieta e estilo de vida saudáveis», citou a “Lusa”.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já tinha reconhecido no ano passado, depois de 25 anos a associar o café ao cancro da bexiga, que a bebida reduz o risco de cancro hepático e uterino.

«Há pessoas que receiam que beber café possa ser mau porque aumenta o risco de doenças cardíacas, atrofia o crescimento ou leva ao aparecimento de úlceras ou azia, mas a investigação mostrou que de um modo geral, não faz mal à saúde», declarou.

Contudo, há uma contraindicação clara no consumo de café muito quente, que a OMS alerta que pode causar cancro no esófago.

As pessoas que participaram no estudo responderam a questões sobre estilo de vida, hábitos alimentares, historial clínico e hábitos de consumo de café, dados que foram sendo atualizados durante cinco anos.

Dos participantes, 16% não bebe café, 31% bebe uma chávena por dia, 25% bebe duas a três e sete por cento declarou beber quatro ou mais chávenas diariamente. Os 21% restantes indicaram consumos sem padrão.

A tendência verificou-se entre afro-americanos, americanos de origem japonesa, de origem sul e centro-americana e brancos, o que leva os cientistas a considerar que se estende a outros grupos étnicos.

«Este estudo é o maior deste género que já foi feito e inclui minorias com estilos de vida muito diferentes», afirmou Setiawan.