Estudo revela «elevada percentagem» de hipertensos no distrito de Castelo Branco
29 de julho de 2014
A Escola Superior de Saúde de Castelo Branco (ESALD) está a estudar a prevalência da hipertensão arterial em cinco concelhos do distrito, tendo já constatado que «uma elevada percentagem de adultos» sofre da doença.
Três alunos do curso de cardiopneumologia da ESALD estão a estudar desde agosto de 2013 a prevalência de hipertensão arterial entre os adultos residentes nos municípios de Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Sertã e Vila de Rei, segundo um comunicado divulgado pela instituição.
A investigação deverá ficar concluída em 2015.
De acordo com o comunicado, os resultados dos estudos efetuados até ao momento mostram que a população adulta daqueles concelhos «tem uma elevada prevalência de hipertensão arterial (HTA)».
No concelho de Idanha-a-Nova, cuja amostra foi constituída por 992 pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 95 anos, a prevalência de HTA atinge 51%.
«Foi ainda possível perceber que, do total de inquiridos [em Idanha-a-Nova], 30,7% afirmou tomar medicação anti hipertensora e, destes, 50% apresentava os valores de pressão arterial (PA) dentro dos níveis de normalidade (HTA controlada), enquanto os restantes, embora com terapêutica implementada, mantinham os seus valores acima dos níveis desejados, refere a nota a que a “Lusa” teve acesso.
Nos concelhos de Penamacor e Vila de Rei, a amostra foi constituída por 1.714 pessoas, sendo 899 de Penamacor e 815 de Vila de Rei, com idades compreendidas entre os 18 e os 93 anos.
Em Penamacor, a prevalência de HTA é de 45,5% e no município de Vila de Rei de 47,9%, sendo que destes «apenas cerca de metade se encontravam sob terapêutica anti-hipertensiva».
Nos concelhos de Oleiros e da Sertã, a amostra recolhida incluiu 1.900 pessoas, com idades entre os 18 e os 98 anos, sendo a prevalência de HTA de 55,4% na Sertã e de 56,7% em Oleiros, acrescenta o comunicado.