Estudo: Terapia pode ser tão eficaz como os fármacos na disfunção erétil 16 de Março de 2015 Um estudo realizado pelo SexLab – Laboratório de Investigação em Sexualidade Humana da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto concluiu que, em alguns casos, a terapia e os medicamentos têm um efeito semelhante no tratamento da disfunção erétil. «É a primeira vez que se faz um estudo onde se compara diretamente a eficácia de uma psicoterapia, neste caso a terapia cognitivo-comportamental, com a eficácia da medicação no tratamento da disfunção eréctil. É um trabalho arriscado porque sabemos que a medicação é obviamente muito eficaz no tratamento do sintoma, mas sabemos também que a eficácia da medicação tende a perder-se com o tempo» explicou ao “Público” Pedro Nobre, coordenador do estudo recentemente apresentado no congresso da European Society for Sexual Medicine. No âmbito do estudo, os participantes foram divididos em dois grupos e durante 12 semanas um deles teve acesso apenas a medicação diária e o outro a sessões terapêuticas semanais. Pedro Nobre, também diretor do SexLab, reforçou que as conclusões de resultados semelhantes entre terapia e medicação tiveram como base homens em que a disfunção é de «etiologia psicológica» e que «esta é uma parte importante mas que está longe de ser o todo da disfunção eréctil». De fora ficaram os casos com razões orgânicas ou com outras doenças que pudessem condicionar os resultados. Além disso, o investigador ressalva que as conclusões ainda são apenas preliminares, visto que só contam com uma amostra parcial de 15 homens, nove dos quais foram sujeitos a terapia e seis ao tratamento farmacológico mais comum, com os chamados inibidores da PDE-5, que ajudam a irrigar o pénis. |