De acordo com um estudo, divulgado pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos da América (EUA), as vacinas contra a covid-19 oferecem maior proteção do que a imunidade resultante de uma infeção anterior.
Segundo os dados fornecidos por aquela autoridade de saúde norte-americana, as pessoas não vacinadas que foram infetadas meses antes têm cinco vezes mais probabilidades de contrair covid-19 do que as pessoas com a vacinação completa e sem infeção anterior.
“Estes dados mostram, com bastante ênfase, que as vacinas conferem maior proteção contra as formas sintomáticas da covid-19”, afirmou Mike Saag, especialista em doenças infeciosas da Universidade do Alabama, em Birmingham, citado pela Lusa.
Os investigadores analisaram os dados de 7.000 pacientes adultos, em quase 190 hospitais espalhados pelo país, que foram hospitalizados este ano com doenças respiratórias ou sintomas semelhantes aos da covid-19.
Cerca de 6.000 pacientes foram totalmente vacinados com as injeções da Moderna ou da Pfizer, entre três e seis meses antes do internamento hospitalar, enquanto outras 1.000 pessoas não foram vacinadas, mas tinham sido infetadas com a covid-19 durante o mesmo período.
Um total de 5% dos pacientes vacinados tiveram um teste positivo ao vírus SARS-CoV-2, face aos 9% dos pacientes pertencentes ao grupo de não-vacinados.
Os investigadores consideraram ainda outros dados, como a idade e a intensidade da circulação do vírus em diferentes áreas para concluir que o grupo não vacinado corria um maior risco de contrair a doença.
O estudo suporta-se em algumas investigações anteriores, incluindo pesquisas que encontraram níveis mais elevados de anticorpos em pacientes vacinados do que noutros que tinham contraído a doença.
Ainda segundo os investigadores, não foram recolhidos dados suficientes para chegar a qualquer tipo de conclusão sobre as vacinas da Johnson & Johnson.