Estudo: Variante Delta não provocou os casos com maior gravidade nas crianças e jovens 447

De acordo com os dados divulgados pelas autoridades de saúde norte-americanas, a variante Delta não é a estirpe que provoca os casos mais graves de covid-19 em crianças e adolescentes.

Segundo um estudo, citado na agência Lusa, as preocupações com os efeitos da variante Delta nas crianças e nos jovens norte-americanos têm vindo a aumentar nas últimas semanas, sobretudo devido ao número crescente de hospitalizações nesta faixa etária.

Os Centros de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC), a principal agência de saúde pública dos Estados Unidos da América (EUA), analisou os pacientes hospitalizados com covid-19 em 99 condados de 14 Estados norte-americanos.

O CDC concluiu que, das 3.116 crianças e adolescentes hospitalizados antes da variante Delta, cerca de 26% foram internados em terapia intensiva, 6% foram colocados num ventilador e menos de 1% morreu.

Depois, já com a variante Delta em circulação, de um total de 164 hospitalizações, cerca de 23% foram internados em cuidados intensivos, 10% colocados num ventilador e menos de 2% morreram.

Ao comparar os dados, concluiu-se que não existem diferenças estatisticamente significativas. O CDC nota, no entanto, que o número de crianças com casos graves da doença foi reduzido entre meados de junho e o final de julho, altura em que a variante Delta se tornou a estirpe dominante.

Ainda assim, os autores alertam para a necessidade de se continuar a avaliar os dados de perto num futuro próximo, com o intuito de fornecer conclusões mais sólidas.