EUA: MSD concorda em pagar 100 milhões de dólares para resolver queixas contra NuvaRing 11-Fev-2014 A Merck Sharp & Dohme (MSD) concordou em pagar 100 milhões de dólares para resolver todas as queixas associadas ao NuvaRing nos tribunais federais e estatais norte-americanos que alegam que o contracetivo (etonogestrel/etinilestradiol) causa eventos tromboembólicos venosos potencialmente fatais. O acordo de pagamento proposto, que deverá incluir determinadas queixas que venham a ser feitas futuramente, foi apresentado em audiências judiciais e, Missouri e Nova Jérsia, onde a maioria das ações foram interpostas, citou o “Firstword”. A companhia negou qualquer tipo de irregularidade neste acordo, que deve ser aceite por 95% das 3.800 pacientes envolvidas nos casos. «Apoiamos as pesquisas que estão na origem da aprovação do NuvaRing e continuamos a monitorizar a segurança do medicamento», declarou a MSD, acrescentando que «existe evidência substancial para apoiar a sua segurança e eficácia» do dispositivo. Os processos judiciais alegam que a MSD e a sua subsidiária Organon não testaram corretamente o NuvaRing e falharam em disponibilizar avisos adequados no folheto informativo do dispositivo sobre o risco de tromboembolismo venoso. Em diversos documentos judiciais, as pacientes assinalam a existência de mais de uma dúzia de estudos que demonstram que o tipo de progesterona utilizada no dispositivo apresenta o dobro da probabilidade de causar coágulos sanguíneos. No entanto, a MSD alega que divulgou todos os riscos conhecidos, incluindo a possibilidade de desenvolvimento de coágulos, na embalagem e rótulo. O produto, que em 2011 foi associado a um relatório da Food and Drug Administration a um risco elevado de tromboembolismo venoso, foi aprovado nos EUA em 2001. Mais de 1.500 casos foram apresentados em St. Louis, no Missouri, e 2.000 no tribunal estadual da Nova Jérsia. Em 2013, o juíz que presidiu os casos em Nova Jérsia rejeitou sete processos que estavam agendados para serem os primeiros a ir a julgamento naquele estado depois de ter sido determinado que não ficou provado que o dispositivo tinha sido responsável pelos respetivos danos. Em dezembro, a Actavis anunciou que avançou com um pedido nos EUA para comercializar uma versão genérica do NuvaRing, tratando-se da primeira companhia a fazê-lo. |