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Europacolon: Sedação nas colonoscopias pode aumentar adesão a exames

11-Mar-2014

A Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino (Europacolon) saudou hoje a introdução de sedação gratuita para o utente nas colonoscopias realizadas nos hospitais, considerando que é um fator importante para aumentar a adesão a estes exames.

«A sedação gratuita motivará muitas pessoas a aproximarem-se do rastreio. Porque há muitas pessoas que reagiam mal à necessidade de realizar o exame, com medo do aspeto invasivo», comentou à agência “Lusa” o presidente da Europacolon.

Segundo Vítor Neves, até agora as colonoscopias realizadas nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde podiam ter recurso a analgesia, mas era o utente que pagava a opção da sedação.

De acordo com um despacho hoje publicado em Diário da República, todas as colonoscopias no SNS passam a poder ser feitas com recurso a sedação a partir de 1 de abril.

A Associação de Luta Contra o Cancro do Intestino mostrou-se ainda satisfeita com o facto de o Governo ter dado um prazo, 31 de março, para que as administrações regionais de saúde (ARS) contratualizem com os hospitais o aumento do número de colonoscopias realizadas após prescrição do médico de família.

O despacho assinado pelo secretário de Estado da Saúde assume que o número atual de prestadores convencionados do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para colonoscopias é insuficiente para «permitir um alargamento desejado da deteção precoce do cancro colo-retal».

Até estar concluído o procedimento de contratação de convenções, o Ministério da Saúde considera necessário «garantir um adequado acesso a este tipo de exames».

Também até 31 de março, a Direção-Geral da Saúde deve publicar as normas de orientação clínica para o rastreio do cancro colo-retal e para a realização das colonoscopias.

«É cedo ainda para dizer que estaremos perante o lançamento de um rastreio de base populacional. Mas julgamos que as pressões da Europacolon têm tido o seu resultado. Estaremos atentos à data de 31 de março determinada no despacho», declarou à “Lusa” o presidente da associação.