10 de Fevereiroo de 2015 Um estudo publicado no jornal “Molecular Psychiatry”, da revista “Nature”, revelou que os danos na camada exterior do cérebro causados pelo tabagismo podem ser reversíveis. Os investigadores referem no estudo, pela primeira vez, o potencial de recuperação após uma pessoa deixar de fumar. O córtex de ex-fumadores no grupo «parece ter recuperado parcialmente por cada ano sem fumar», de acordo com a equipa multinacional que conduziu a investigação. Os cientistas advertem, na investigação, citada pela “Renascença”, que «embora a recuperação parcial pareça possível, pode ser um processo longo». Outros estudos têm relacionado o fumo de cigarros com o declínio cognitivo e demência e alguns referem uma degeneração cerebral. No entanto, nunca havia sido demonstrado se os efeitos poderiam reversíveis. A nova investigação analisou pessoas que tinham participado numa pesquisa que utilizou crianças escocesas em idade escolar, em 1947, quando as suas funções cognitivas foram testadas. Os participantes sobreviventes foram submetidos a ressonância magnética, feita em 2007, e os resultados de 504 deles foram analisados. Havia 36 fumadores, 223 ex-fumadores e 245 que nunca fumaram no grupo, tendo os participantes em média 73 anos, segundo o estudo. Não houve diferenças significantes entre o coeficiente de inteligência (QI) na infância e na velhice, tendo sido o grupo dividido, quase igualmente, apenas entre homens e mulheres. As análises das ressonâncias mostraram que os fumadores recorrentes «tinham um córtex mais fino do que os que nunca tinham fumado», referiu ainda o estudo. O estudo referiu que aqueles que deixaram de fumar podem apresentar uma desaceleração, para um ritmo mais lento, do afinamento do córtex, passando a um afinamento normal característico em idades mais avançadas. |