Família acredita que morte de jovem pode estar relacionada com a pílula 09 de Março de 2015 A família de uma jovem portuguesa de 22 anos que morreu com uma embolia pulmonar acredita que a causa da morte tenha sido a pílula que tomava, a Yasmin. Depois de a autópsia ter revelado tratar-se de morte natural, a família insatisfeita com a resposta decidiu continuar a investigar. Um relatório da Unidade de Farmacovigilância do Sul, citado pelo “Público”, a que a “TVI” teve acesso revelou que: «A relação causal entre o medicamento suspeito e a reação adversa ao medicamento notificada foi classificada pelo perito clínico como possível, por se tratar de uma reação adversa descrita no resumo das características do medicamento e por ter uma relação temporal bem estabelecida». A família de Carolina Tendon, uma jovem «saudável e cheia de vida», pondera processar o laboratório alemão que comercializa esta pílula, a Bayer. Perante este caso, o INFARMED realçou, em comunicado, que não existem «medicamentos isentos de riscos» e que «não existem razões para as mulheres pararem de tomar o seu contracetivo», sendo que, em caso de dúvidas, devem «discutir este assunto com o médico assistente». A autoridade nacional do medicamento revelou que foram notificados 35 casos de reações adversas a esta pílula específica, sendo dois deles de morte. Mas «não existe evidência» de «uma relação causal entre a toma do medicamento e a reação adversa ou a sua consequência». Ou seja, não está diretamente provada a causalidade. O INFARMED recordou que em 2013 foi efetuada uma revisão de segurança a nível europeu para todos os contracetivos orais devido ao risco de trombo-embolismo venoso e arterial. A conclusão foi a de que o risco, «já conhecido há vários anos, de formação de coágulos sanguíneos, é reduzido e superado pelos benefícios da utilização destes medicamentos». |